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E quando o desequilíbrio da saúde mental destrói o futuro...


 por Jane Maiolo

Por que estamos nós também a toda a hora em perigo? ¹

            O worldometers é um site de estatísticas mundiais que é atualizado em tempo real, alimentado por dados provenientes de organizações voltadas para estatísticas, dentre elas estão a Unicef, a Unesco e outras.

O ano de 2020 apenas se inicia e já contamos com dados mundiais alarmantes sobre o número de abortos (17.202.000), suicídios (433.825), mortes em acidente de trânsito (546.110) e mortes em decorrência do COVID-19 (355.111)² é inegável que, apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o homem contemporâneo adoece, morre, se mata. A saúde mental está em jogo. O ressentir, o temer, o pavor, o descompasso, a violência e as inseguranças são indícios que o adoecimento mental é fato consumado, escancarado e escandaloso.

As depressões, a ansiedade, a esquizofrenia, o transtorno bipolar, o transtorno obsessivo-compulsivo precisam ser encarados como agentes detonadores de vida. Há de se levar em consideração os fatores que influenciam o estado de saúde e os fatores que desencadeiam as doenças de ordem mental. A saúde mental ainda é muito negligenciada. Infelizmente, a maioria das pessoas somente pensa nela quando já estão doentes. Cuidar da saúde mental deve ser uma prioridade da população assim como dos governantes, porque os outros níveis de saúde dependem dela.

Dentre os fatores que influenciam de uma maneira positiva a saúde temos como rede de proteção: as amizades sinceras, o bom papo com os amigos, a estabilidade no emprego, o afeto seguro, o sentimento de pertencimento, o autoamor, a busca pela a espiritualidade, o lazer, as atividades esportivas, dentre outros.

Já dentre os fatores que desencadeiam os transtornos de ordem mental estão a falta de vínculo afetivo, negligência na primeiríssima infância, alterações químicas do cérebro, os relacionamentos “afetivos” tóxicos e abusivos, o luto não superado, instabilidade no emprego, ociosidade mental e preguiça moral, sedentarismo, falta de engajamento proativo na comunidade, o uso exagerado de bebidas e substâncias tóxicas e ou alucinógenas, dentre outros.

Procurar ajuda especializada é ainda a coisa mais acertada a fazer, os amigos podem ouvir seu desabafo. A bebida alcoólica, por exemplo, pode até momentaneamente alterar o seu estado de consciência, entorpecendo-lhes os sentidos, mascarando suas aflições, porém, o tratamento especializado é eficaz e pode alterar a saúde mental de forma significativa.

Não permitas, pois, que ideias malfazejas e ameaçadoras envolvam a sua mente. Não consinta que a solidão e o sentimento de abandono e vazio existencial lhe desfalque a proposta de um futuro pujante.  Mover-se sob as luzes de uma relativa felicidade com lucidez, grandeza e dignidade ainda é a proposta mais contrabalançada a seguir.

Rememoremos a indagação de Paulo, o apóstolo dos gentios: “Por que estamos nós também a toda a hora em perigo? Em face das ameaças sedutoras dos tempos modernos acrescentaríamos o seguinte ao questionamento do iluminado “Filho de Tarso”: pois, se a vida é uma viagem, é melhor que estejamos juntos!

Referências bibliográficas:

1-1 Coríntios 15:30

               2-Disponível em https://www.worldometers.info/br/ acesso  em 27/05/2020 às 16h30min

Jane Maiolo - Professora, Gestora na Educação Infantil, Psicopedagoga. Psicanalista, Colaboradora da Sociedade Espírita Allan Kardec de Jales. Pesquisadora dos textos do Evangelho. Colaboradora da Agenda Brasil Espírita- Jornal O Rebate /Macaé /RJ – Jornal Folha da Região de Araçatuba/SP -Jornal de Jales–Blog do Bruno Tavares –Recife/PE - colaboradora do site www.kardecriopreto.com.br- Revista Verdade e Luz de Portugal, Revista Tribuna Espírita de João Pessoa, Apresentadora dos Programas Sementes do Evangelho e Evangelho e saúde emocional da Rede Amigo Espírita. Janemaiolo@bol.com.br -


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