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Mostrando postagens de abril 1, 2018

A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS A GRANDE TRAGÉDIA DO OCIDENTE

Margarida Azevedo             Fora das grandes temáticas existenciais da tragédia grega, lembremos  Antígona , de Sófocles, em que os deveres de família e os da cidade entram em conflito; quando a tragédia é a tomada de decisão que vai contra uma ordem pré-estabelecida imanente à cidade, baseada numa opção em que a protagonista decide morrer em nome do cumprimento do dever para com a lei interior, a família, temos o trágico como ruptura entre o particular e o geral.             Mas a tragédia não é apenas o terreno do conflito ético e político do humano em que os deuses tomam partido e o mito se impõe com toda a sua força como forma explicativa dos nossos problemas existenciais. A tragédia também é pertença do religioso monoteísta. A crucificação de Jesus conduziu a uma dimensão trágica da fé enquanto manifesação existencial de entidades em conflito. Com Jesus não temos propriamente o conflito entre geral e particular, mas o particular manifestante de uma tanscendência