Pular para o conteúdo principal

Um breve recado para os abortista de plantão (Jorge Hessen)


Jorge Hessen
Jorgehessen@gmail.com

Sobre a legalização do aborto, é inadmissível que pequeníssima parcela da população brasileira, constituída por alguns intelectuais, políticos e profissionais dos meios de comunicação e embebida de princípios materialistas e relativistas venha a exercer tamanha pressão na legislação brasileira. Até porque os norte-americanos estão despertando desse pesadelo hediondo da legalização do assassinato doloso de bebês nos ventres. Na contramão desse despertar americano contra o aborto, há no Brasil insanos defensores dessa prática (causídicos estes que um dia tiveram o direito de nascer) pugnando para que o aborto seja legalizado em nossa Pátria.

O primeiro país da era pós-moderna a legalizar o aborto foi a União Soviética, em 8 de novembro de 1920. Os hospitais soviéticos instalaram unidades especiais denominadas abortórios, concebidas para realizar as operações em ritmo de produção em massa. A segunda nação a legalizar o abortamento foi a Alemanha nazista, em junho de 1935, mediante uma reforma da Lei para a Prevenção das Doenças Hereditárias para a Posteridade, que permitiu a interrupção da gravidez de mulheres consideradas de "má hereditariedade" ("não-arianas" ou portadoras de deficiência física ou mental).

Gerald Warner, no Scotland on Sunday, assegura que "o lugar mais perigoso do mundo para uma criança na Escócia é o útero da mãe. Em 2010, a mortalidade infantil levou 218 crianças escocesas à morte”. [1] Ao explanar qualquer coisa sobre o alarmante delito de aborto sempre tropeçaremos em histórias assombrosas.

Não nos enganemos, a medicina que executa o aborto nos países que já o legalizaram é uma medicina criminosa. Não há lei humana que atenue essa situação ante a Lei de Deus. E há outra discussão que também se levanta: a legitimidade ou não do aborto quando a gravidez é consequente a um ato de violência física. No caso de estupro, quando a mulher não se sinta com estrutura psicológica para criar o filho, a Lei deveria facilitar e estimular a adoção da criança nascida, em vez de promover a sua morte legal.

O Espiritismo, considerando o lado transcendente das situações humanas, estimula a mãe a levar adiante a gravidez e até mesmo a criação daquele filho, superando o trauma do estupro, porque aquele Espírito reencarnante terá possivelmente um compromisso passado com a genitora.

Com exceção da gestação que coloque em risco a vida da gestante, quaisquer outras justificativas são inaceitáveis para uma mulher decidir pelo aborto. Se compreendesse as implicações sinistras que estão reservadas para quem aborta, certamente refletiria milhões vezes antes de extinguir um ser indefeso do próprio ventre. Somente num caso a Doutrina Espírita admite o aborto: quando a gestação coloca em risco a vida da gestante, pois disseram os Espíritos a Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, questão 359, que é preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe.

Nunca é demasiado advertir que no aborto criminoso se fermentam as grandes enfermidades da alma, as grandes obsessões, alimentando o pátio de sanatórios e de prisões. No aspecto psíquico, o remorso é uma perigosa energia que vai corroendo gradualmente o equilíbrio emocional e permite aflorar desajustes mentais que estavam subjacentes, abrindo campo à loucura propriamente dita, sob o enfoque médico, e aos tormentos espirituais (obsessão), no argumento espírita.

Óbvio que não lançamos as execrações da censura impiedosa àquelas que estão envolvidas na via sombria do aborto já cometido, até para que não caiam na vala profunda do desalento. Expressamos argumentos cujo intento é iluminá-las com o farol da elucidação para que divisem mais adiante a opção do Trabalho e do Amor, sobretudo nas adoções de filhos rejeitados que presentemente estão empilhados nos orfanatos.

Referência:

[1] Disponível em http://www.zenit.org/pt/articles/o-aborto-e-o-infanticidio acesso 31/12/17

Postagens mais visitadas deste blog

O livro “Maria de Nazaré” do autor espiritual Miramez pela mediunidade de João Nunes Maia: Uma análise crítica”

Leonardo Marmo Moreira O zelo doutrinário e o cuidado em não aceitar utopias antes delas serem confirmadas é o mínimo de critério que todo espírita consciente deve ter antes de admitir algo dentro do contexto do estudo espírita. Esse critério deve ser ainda mais rigoroso antes do espiritista sair divulgando ou citando, enquanto expositor ou articulista espirita, tais dados ou informações como corroborações a qualquer ideia ou informações, ainda mais quando digam respeito a realidades de difícil constatação, tais como detalhes da vida do mundo espiritual; eventos espirituais envolvendo Espíritos de elevadíssima condição, episódios espirituais de um passado distante, entre outros. Esse tipo de escrúpulo é o que faz com que o Espiritismo não seja apenas uma religião convencional, mas esteja sustentado em um tripé científico-filosófico-religioso, cujo material de conexão dos vértices desse triângulo é a fé raciocinada.  Temos observado confrades citarem a obra “Maria de Naz

A Tangibilidade é uma Manifestação do Corpo Mental

  José Sola Um dos atributos de Deus apresentado por Allan Kardec é de que a Fonte Originária da Vida, em sua essência, é imaterial. Somos ainda informados pelo mestre Lionês, de que o espirito é uma centelha divina emanada do Criador, o que nos leva a concluir que o espirito é imaterial, tanto quanto Deus. E no intento de corroborar o que estamos informando, vamos apresentar algumas questões de Kardec que nos permitirá analisar com maior clareza este conceito. 25 - O espirito é independente da matéria, ou não é mais do que uma propriedade desta, como as cores são propriedades da luz e o som uma propriedade do ar? R – São distintos, mas é necessária a união do espirito e da matéria para dar inteligência a esta. Nestas palavras do Espirito da Verdade fica explicitado que espirito e matéria são elementos independentes, mas que é o espirito o eu diretor da matéria, assim, é ele que propicia inteligência a mesma. 26 - Pode se conhecer o espírito sem a matéria e a matéria

Armas de fogo para quê? Somos pela paz

Armas de fogo para quê? Somos pela paz Jorge Hessen  jorgehessen@gmail.com Brasília - DF  Um encontro entre jovens, em um condomínio de luxo de Cuiabá, se tornou uma tragédia no dia 12 de julho de 2020. Naquela tarde, como fazia com frequência, Isabele Guimarães, de 14 anos, foi à casa das amigas. Horas depois, a jovem foi morta com um tiro no rosto. A autora do disparo Laura, também de 14 anos, relatou à polícia que atirou de modo acidental em Isabele. A adolescente afirmou que se desequilibrou, enquanto segurava duas armas, e disparou. A família da Isabele não acredita nessa versão. Laura praticava tiro esportivo desde o fim de 2019. Ela participou de duas competições e venceu uma delas. (1) Hoje em dia , adolescentes como Laura podem praticar tiro esportivo sem precisar de autorização judicial, graças ao decreto assinado pelo atual presidente do Brasil. A família de Laura, a homicida, integra uma categoria que tem crescido no país, sobretudo durante o atual governo brasilei