Jorge Hessen
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Por
que a Federação “espírita” brasileira – instituição que aparelhou no ambiente
espírita um sistema de cúpula com evocação de infalibilidade, sendo a coordenadora
da propalada “unificação” do movimento “espírita” brasileiro, promove nas suas instalações
(Av. Passos/RJ e L 2 Norte/DF), sempre às terças feiras , a “centenária” contraditória
e inexplicável reunião pública de estudo da obra antidoutrinária “Os Quatro
Evangelhos” de J.B. Roustaing ?
Por
que existe e é conservada nos dispositivos do estatuto da afamada Feb a cláusula
“pétrea” no “parágrafo único’ do art. 1º , cuja ordem jurídica estabelece os mandatórios
“estudos e difusão da obra de J.B. Roustaing”?
Como
é simples de concluir, o citado órgão “unificador” é estatutária e oficialmente
adepto e divulgador do ideário docetista,
que nada mais é do que a crendice no ridículo Cristo APARENTE e VAPOROSO.
A
direção da Feb, durante o ano de 2016, planejou fazer uma homenagem ao livro “ Os
Quatro Evangelhos” de J.B.Roustaing, para glorificar o sesquicentenário do agourento
livro. Sabendo disso, soltamos um brado de
alerta e, juntamente com os clamores atentos de alguns escritores espíritas,
delatamos publicamente a empreitada. Deu resultado, pois a programação da
“edição especial” foi temporariamente “abortada” pelo afamado órgão
“unificador”. Todavia soubemos “nos bastidores” que a obra está finalizada e
revisada desde 2015, mas está sendo mantida de “quarentena”, por enquanto (?!!...)
Até quando?
Aproveitando
o ensejo, reafirmamos que urge ser revista a condução do movimento espírita, quase
sempre infligida pela cúpula dos “órgãos oficiais”, mormente através da
programação e implantação de folhetos e temas apostilados, visando implantação
de cursos teóricos muito extenuantes, propondo fadigosos conteúdos
doutrinários.
Por
que a editora do afamado órgão “unificador” , docetista por injunção
estatutária, possui diversos títulos de livros
supostamente espíritas que vem abastecendo o achocalhado movimento espírita com
mensagens “voláteis” e ideias ardilosas, separatistas e antidoutriárias de J.B.
Roustaing?
Dentre
os inúmeros títulos e autores de livros com princípios docetistas (editadas pelo
afamado órgão “unificador”), listamos alguns abaixo, visando informar e alertar
que o roustaguismo não morreu e nem foi enterrado no Brasil e infelizmente permanecerá
por longo tempo enquanto existir o afamado órgão “unificador”.
Na
qualidade de professor de História sinto-me na obrigação de apontar e elencar algumas
obras editadas pela editora da Feb que têm
embaraçado a compreensão das obras de Kardec ante a cognição dos neófitos e até
alguns veteranos.
Eis
uma lista de literatura facciosa ,portanto danosa para a melhor compreensão da
Codificação kardequiana:
“Grande
espíritas do Brasil” (Zeus Wantuil); “Vida e obra de Bezerra de Menezes” (Sylvio
Brito Soares); “Ide e pregais” (Newton Boechat); “O espinho da insatisfação”
(Newton Boechat); “No oásis de Ismael” (F. Thiesen ); “Allan Kardec volumes 2 e
3” (Thiesen e Zeus Wantuil); “Universo e vida” (Hernani t. Sant’anna); “Grande
vultos da humanidade e o espiritismo” (Sylvio Brito Soares); “Síntese do novo
testamento” (Minimus); “Antônio de Pádua” (Almerindo Martins de castro); “O
martírio dos suicidas” (Almerindo Martins de castro); “A caminho do abismo” (
Antônio Lima); “Estrada de damasco” ( Antônio Lima); “Vida de jesus”
(Antônio Lima); “Elucidações evangélicas” (Antônio Luiz Sayao); “Elos
doutrinários” (Ismael Gomes Braga); “Irmãos de Jesus” (Krueger Mattos); “O
livro de Tobias” (Ismael Gomes Braga); “O Cristo de Deus” (Manuel Quintão); “A
divina epopeia” (Francisco Leite de Bittencourt Sampaio); “Do calvário ao
apocalipse” (Frederico Pereira da Silva Junior); “Jesus perante a cristandade” (Frederico
Pereira da Silva); “Jesus, nem Deus nem homem” (Guillon Ribeiro) . Poderia
ainda citar “Brasil coração do mundo...” que avalio ser obra adulterada; “Testemunho
de Chico Xavier” que contém adventícios trechos roustanguistas e a célebre
interpolação ideológica sobre a tal “Evolução em linha reta de Jesus”, contida na obra “O Consolador”.
Por
que a afamada Feb não consegue sustentar a fidelidade à Codificação?
Por
que os “fiéis” diretores das federativas estaduais não se organizam mirando a fundação de uma Confederação espírita
brasileira , estruturada em nova composição “unificacionista” e de união ?
A
USE União das sociedades espíritas de São Paulo possui uma sede bem
modesta e coordena o movimento espírita do estado inteiro, logo a sede da
Confederação espírita poderia ser em instalações humildes, sem luxo e sem a
monumental ostentação da soberba sede da Feb em Brasília.
Pensemos
nisso.