“Muitos sobem ao monte da autoridade e da fortuna, da
inteligência e do poder, mas para enganar o povo e esquecê-lo depois. Juízes
menos preparados para a dignidade das funções que exercem, confundem-lhe o
raciocínio. Políticos astuciosos exploram-no em proveito próprio”.
“Tiranos disfarçados em condutores envenenam a alma da
multidão e a arrojam ao despenhadeiro da destruição, à maneira dos algozes de
rebanho que apartam as reses para o matadouro”.
Esse comentário de
Emmanuel (*) parece que foi feito hoje.
Via Whats App, recebi ontem uma mensagem.
Ela dizia que o atual Congresso é o pior da História do Brasil. Uma Instituição
da República sem escrúpulos, sem caráter. Todos parecem legislar em causa
própria. O missivista afirma que o Brasil mudou e que não basta mais contratar
os melhores advogados. Termina dizendo, que mesmo assim, é melhor que eu
escolha os que deverão ser eleitos do que deixar que escolham por mim.
Passou-me pela tela mental a Venezuela e a Coréia do Norte, com sua bomba H.
Anteriormente,
comentei que um grave erro era a substituição da ética pela
ideologia. Na educação, objetivando o homem integral os valores éticos devem
ter prioridade. Não basta perseguir a meta de formar homens instruídos, se não
forem capazes de vencer vícios e paixões.
Políticos
astuciosos podem se
aproveitar de uma tragédia com fins políticos, com o intuito de manipular a
opinião pública. Mas, a esperteza pode devorar o político esperto “demais”, conduzindo-o
ao suicídio eleitoral, também pelo aumento do índice de rejeição. (1)
Políticos também não estão imunes aos
pensamentos de autodestruição, quando se instalam o tédio e o vazio existencial. O Presidente Getúlio Vargas
(1954), seu filho Maneco (1997) e seu neto, Getulinho (2017) suicidaram-se com
revólver. (2)
O sórdido aproveitamento
de uma tragédia com fins ideológicos é contrário à prevenção do ato suicida.
Sabemos que são
medidas básicas o tratamento dos transtornos mentais; o controle de substâncias
tóxicas; o controle de armas de fogo e a educação da mídia.
Jornalistas devem
apresentar comportamento adequado, evitando o sensacionalismo e a glorificação
do suicídio.
Estivemos no
seminário Universidade e Suicídio (3)
e nele não ouvimos nenhum relato semelhante ao caso recente, do ex-reitor da
UFSC, afeiçoado ao Comunismo. O noticiário obrigou quatro Associações a se
posicionarem, diante de sua exploração política e das controvérsias em relação
aos fatos que o induziram. (4)
“O procedimento dos homens cultos para com o povo
experimentará elevação crescente à medida que o Evangelho se estenda nos
corações.
Vendo a multidão, o Mestre sobe a um monte e começa a
ensinar...
É imprescindível empenhar as nossas energias, a
serviço da educação.
Em todos os tempos, vemos o trabalho dos legítimos
missionários do
bem prejudicado pela
ignorância. Entretanto, para a comunidade dos aprendizes do Evangelho, em
qualquer clima da fé, o padrão de Jesus brilha soberano.”
Ajudemos o povo a pensar, a crescer e a aprimorar-se,
convida Emmanuel. (*).
Um político
influente, hoje presidiário, resolve “assumir” e depois do mea culpa, mea culpa, minha máxima culpa, se defronta com um tribunal inquisitorial, dentro do próprio partido político e questiona:
“somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou uma
seita, guiada por uma pretensa
divindade, onde quem fala a verdade é punido e os erros e ilegalidades são
varridos para debaixo do tapete?”
Diz que não poderia
deixar de registrar a evolução e o acúmulo de eventos de corrupção que ocorreram
no seu governo, que sucumbiu ao pior da política. Chega a rotular companheiros
como adeptos de “uma seita que navega no terreno pantanoso do sucesso sem
crítica, do poder sem limites, onde a corrupção, os desvios, as disfunções que
se acumulam são apenas detalhes”. (5) Nestas condições “nada parece importar, nem
mesmo o erro de eleger e reeleger um mau governo ou segurar uma rede de
sustentação corrupta e alheia aos interesses do cidadão.”
Um mau governo pode levar um país à
guerra, o que é muito grave. Mas pode também causar verdadeiro estrago interno.
O Brasil passa por um destes momentos difíceis nas universidades, onde se faz ensino
e pesquisa como visão de mundo. Alguns cientistas dizem que hoje, o país, faz “uma
política estúpida, autodestrutiva”. Os cortes orçamentários em Ciência e
Tecnologia “comprometem seriamente o futuro do Brasil”. Precisam ser revistos
“antes que seja tarde demais”. (**)
Emmanuel (*) faz
convocação: “estendamos os braços,
alonguemos o coração na ajuda sem condições”.
O comportamento suicida representa um momento de crise, caracterizado
pela desestabilização, ruptura, perturbação, conflitos e desordem, sendo uma
emergência psiquiátrica. Quando
estamos conscientizados, sob o ponto de vista político e da medicina
preventiva, damos importância aos sinais
de alerta, por isso a população tem de ser conscientizada. Se estiver mais
consciente, passa a entender que o problema existe e que pode acontecer com uma
pessoa que está próxima. Precisamos desenvolver nossa capacidade de perceber
que uma pessoa está em risco e
principalmente estar disposto a ouvi-la sem julgá-la.
Foi por isso, que em 1994 surgiu O
“Programa de Prevenção de Suicídio Fita Amarela”. D
Religiosos que
possuem convicções apoiadas na razão, na pesquisa experimental, se surpreendem
diante do suicídio, porque julgavam imunes
os adeptos. Acontece que o suicidio é um problema de saúde pública, epidemiologicamente relevante e complexo,
para o qual não existe uma única causa ou uma única razão. Resulta de uma
intrincada interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais,
culturais, ambientais e espirituais. Por isso, é difícil explicar porque alguns
sofrendo dores extenuantes se suicidam e outros não o fazem.
Emmanuel diz
que o “procedimento dos
homens cultos para com o povo experimentará elevação crescente à medida que o
Evangelho se estenda nos corações.” (*)
Válido é o investimento no estudo da Ecologia
da Alma, nos seus Princípios, o que certamente levará a mudança na
“filosofia de vida”.
Estudos mostram uma
associação frequente entre suicídio e doenças mentais, principalmente
depressão, alcoolismo, transtorno bipolar, esquizofrenia e também traços
impulsivos e agressivos de personalidade.
Diante de um diagnóstico de
doença impactante, se a depressão manifesta não for adequadamente tratada pode
levar a pessoa a cometer ato extremo.
Fiquei perplexo diante de um espírito
desencarnado e do seu desabafo: “eu
não sabia, foi por isso que me suicidei!” (7)
O trabalho de educação para que a “consciência de sono”
evolua à condição de “consciência desperta” é imprescindível nesse início de
terceiro milênio. Ele só não é maior do que aquele realizado para que essa
última dê o salto de qualidade à “consciência lúcida”. Jesus precisa de muitos
voluntários, mas a recompensa “vale à pena”!
Atendendo ao chamado não passaremos pelo “mea culpa” saindo
da prisão do ego.
Por que crianças se suicidam? Perguntei em
1981.
Hoje quero saber por que está aumentando
também entre os adolescentes? (8, 9).
Nessa hora de dor extenuante do “ex-reitor”
(4), que possamos colocá-lo em nossas preces, pedindo aos bons espíritos o
recurso da anestesia do sofrimento, diante da decepção.
Na espiritualidade ainda podemos sentir
dor na alma, como aquele ex-leproso que desabafou graças à generosidade do
médium: “eu não sabia que hanseníase tinha cura, foi por isso
que me suicidei!”(6)
Disse Emmanuel,
que quando o cristão pronuncia as
sagradas palavras "Pai Nosso", está reconhecendo não somente a
Paternidade de Deus, mas também todos da humanidade como irmãos.
(*) Fonte Viva. 104. Diante da Multidão. Emmanuel/Chico Xavier
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