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QUESTÃO DE FÉ

Luiz Carlos Formiga

Diversas evidências científicas apontam na direção da sobrevivência da alma após a morte do corpo. A inexistência de vida após a morte é defendida, no entanto, sem nenhum apoio científico. Até hoje ninguém provou que não existe vida depois da morte.  A afirmação é, portanto, uma questão de fé, como questão de fé é hoje a realização de pesquisas científicas nas universidades federais e estaduais brasileiras, literalmente de pires na mão.
No Rio de Janeiro nem os docentes-pesquisadores inativos foram poupados ficando, de pires na mão, sem poder pagar o plano de saúde. Podemos demonstrar que, apesar do descaso governamental com a pesquisa na universidade, ainda conseguimos produzir alguma coisa publicável em revistas técnico-científicas, até no exterior. Isso não conta após a aposentadoria. Plano de saúde é fundamental, embora já se tenha dito, antes do desastre, que “o Brasil não estava longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde.”
A alma ou espírito além de ser imortal, ainda pode atuar no plano material utilizando novos conhecimentos, adquiridos além-túmulo, empregando novas técnicas, inclusive da área médica. Foi assim que o Espírito desencarnado Dr. Frederick Von Stein retornando ao nosso plano material, com os recursos da ectoplasmia, possibilitou ao médico Paulo Cesar Fructuoso relatar uma cirurgia, feita pelo médico-espírito-materializado. Com o livro publicado, Dr Fructuoso pode fazer uma discussão “incrível” sobre “A face Oculta da Medicina”, com estudantes das Ciências Médicas. Diria que foi um grande desafio à incredulidade, ao niilismo. O niilista tem “fé”, pois ainda não provou que a vida termina com a morte do corpo.
O desconhecimento de que a morte do corpo não mata a vida, pode levar ao suicídio e foi por isso que nos lembramos do desconforto gerado entre profissionais de saúde, quando receberam a notícia da morte física do médico-escritor Pedro Nava.
Dr. Nava era formado pela Faculdade de Medicina da UFMG e se tornara autor de sete livros antes de dar um tiro contra a própria cabeça, aos 80 anos de idade. Muitos médicos são incrédulos em relação a possibilidade da continuidade da vida num plano espiritual. Por isso, na divulgação do encontro realizado no dia 4 de julho deste 2016, colocamos o título: “No CREMERJ desafiando a incredulidade”.
Conversando com a jovem Bruna Rocha, que preside a Liga de Oncologia Souza Marques (LION), após o evento, colhemos a exclamação espontânea e resolvemos utilizá-la como título: “Foi Incrível!”.
Escrevemos um pequeno texto onde indicamos algumas palavras-chave: medicina, espiritualidade, ideologia, incredulidade, fatos e argumentos. Nele parabenizamos o CREMERJ pela abertura e lembramos que na universidade poucos vão questionar: “would I, by any chance be a Spirit?”
O leitor já se questionou?
O Codificador da Doutrina Espírita relatou um caso de médico suicida, materialista que havia procurado a Faculdade de Ciências Médicas não por amor, mas por ambição e para se sentir superior diante de todos.
Esse comportamento é mais frequente do que eu imaginava na universidade, não apenas na área de saúde, principalmente após o doutorado. Mesmo que não tenham ainda orientado nenhuma tese de mesmo nível, em linha de pesquisa própria, sem pegar carona na do orientador. Imagine o que pode ocorrer depois?
Natural é a curiosidade que temos em saber como se sentem essas almas imortais, de ego envernizado, prepotentes e que mataram Deus, depois que deixam o corpo no túmulo.
Natural, quando estamos desconfiados de que também somos um espírito, uma alma imortal. Isso também é incrível!
Bom saber que não perdi parentes amados, que deixaram o corpo antes de mim. Quando os encontrar, creio que vou “morrer de novo”, não de susto, mas como o Djavan, “jurado pra morrer de amor”.

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