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OCULTA, POR ENQUANTO!



Luiz Carlos Formiga

Um pequeno texto que enviei ao O Globo, um jornal diário, tornou-se “Editorial”, numa revista de Medicina Laboratorial.
Ele foi citado na Câmara dos Deputados, durante a “Assembleia Nacional Constituinte”. Aí, fiquei repleto de orgulho com o ego envernizado, numa pintura final.
As primeiras pinceladas haviam sido dadas durante as defesas das teses de mestrado e doutorado.
Tudo conspirou na direção da vaidade, que camuflada se instalava lentamente, derrotando as minhas últimas reservas da virtude que nos dá o sentimento da nossa insignificância.
Como fui tolo!
Pensamos que sabemos tudo de mediunidade e ficamos perplexos diante de situações inusitadas como aquela narrada pelo Dr Paulo Cesar Fructuoso, em sua pesquisa.
Sua “experiência laboratorial” deu origem a um livro. Ele agora está sendo traduzido na Colômbia, conforme me informou o espírita que é médico.
Preconceito, outro sentimento que já senti e é muito perigoso.
Lembrei porque escutei o comentário abaixo, quando escrevi o texto do link acima.
“Mas as pesquisas não foram feitas em uma instituição que podemos chamar de puramente espírita!”.
Alguns estudam um pouco mais a Doutrina dos Espíritos; passam a fazer palestras; escrevem textos, que se transformam em “Editorial”; fazem parte da “Câmara dos Deputados Espíritas”, defendem teses e podem se sentir “doutores em Espiritismo”. Dessa forma poderão passar pela experiência desagradável, como eu, de verem esgotadas as reservas da virtude referida como humildade. Estarão, como fiquei, doentes.
Podem exigir hotel cinco estrelas e carro ou sentem-se missionários e passam a desejar se perpetuarem nos cargos, esquecendo-se dos encargos. Mas, isso somente ocorreria se o indivíduo estivesse doente.
O leitor não deve ficar preocupado, pois ninguém, em sã consciência, se sente doutor em Espiritismo, isto é “hipótese do absurdo” e não me parece que seja possível acontecer no meio espírita, depois dos exemplos deixados pelo médium Francisco Cândido Xavier.
"Cada carta, cada mensagem, que criam destaques em torno de meu nome, é um convite a que eu seja o que ainda não sou e que devo ser, preciso ser, e que peço a Deus ser algum dia.”
Mas, uma pessoa doente, diante de forte emoção, pode chegar até ao suicídio. Daí a importância da pesquisa sobre a imortalidade da alma.
Com metodologia científica conseguiu-se demonstrar que a morte do corpo não mata a vida. Isto faz com que o suicídio acabe sendo um ato estúpido. O médium com “talento extraordinário” me chamou a atenção e fui observar de perto.
Durante uma palestra aconteceu o fenômeno de psicofonia. Uma senhora que estava sentada na primeira fila não conseguiu resistir ao espírito, e, em choro convulsivo, exclamou: “Eu não sabia que hanseníase tinha cura, foi por isso que me suicidei!
Quando abrimos “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e estudamos o suicídio e a loucura vemos que o preservativo da razão é a serenidade e que as ideias materialistas são excitantes ao suicídio.
Livros como o do Dr Fructuoso devem ser traduzidos para desafiarem a incredulidade materialista e informarem que depois da morte estaremos de posse de um novo estilo de vida.
Todo espírita tem o dever de “participar da divulgação do Espiritismo, a luz sagrada que já começou a realização da regeneração do próprio divulgador.”
Com a imortalidade da alma, e o espírito materializado em ação, como ocorreu no Lar de Frei Luiz, muito teremos para pensar e para modificar nossa escala de valores.
Depois disso, muitos pensarão duas vezes antes de se juntarem aos que cantam no coral pró-aborto e passarão a entoar um hino em favor da vida:
“Seja o que for, eu digo sim para amor”.

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