Um conceito fundamental de Allan
Kardec foi adulterado! (*)
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Paulo Henrique de Figueiredo
A adulteração de A Gênese em sua
quinta edição alterou extirpou conceitos doutrinários. Eles ficaram
desconhecidos por 150 anos! Está na hora de recuperá-los. Conheça um deles
agora.
Os dogmas religiosos das mais
diferentes religiões ancestrais afirmam que Deus nos deu o livre-arbítrio com a
condição de que devemos obedecê-lo fielmente. Quem escolher errado, será
castigado, sofrerá a queda, enfrentando as dores, ignorância, medo, todo tipo
de abandono e sofrimento no mundo. Depois arrependido, Deus dá como recompensa
a beatitude eterna!
Allan Kardec, em A Gênese,
desmontou esse raciocínio, demonstrando que o livre-arbítrio não foi uma dádiva
divina, mas uma conquista progressiva do espírito, por seu esforço, em suas
reencarnações. Mas onde está esse ensinamento? Procure no livro inteiro e você
não vai encontrar! Foi retirado da edição adulterada em 1872, que não foi feita
por Kardec. Quem retirou o trecho certamente acreditava na queda, no castigo
divino, num deus vingativo!
Vejamos uma comparação com A
Gênese original de Kardec.
Capítulo 3, item 9. Em A Gênese
adulterada, termina o parágrafo com a seguinte frase:
“O instinto se enfraquecer, ao
contrário, à medida que a inteligência se desenvolve, porque assim domina a
matéria”.
Mas não foi o que Kardec escreveu
na edição original, onde completa:
“O instinto se debilita, ao
contrário, à medida que a inteligência se desenvolve, porque assim domina a
matéria; com a inteligência racional, nasce o livre arbítrio o qual o homem usa
a seu capricho; então, exclusivamente cabe a ele a responsabilidade dos seus
atos”.
Veja que ensinamento
extraordinário!
Há uma transição natural da
condição animal para o espírito humano. Nada é brusco na natureza!
Se por um lado a inteligência
enfraquece os instintos, por outro vai conquistando a liberdade de escolher, o
livre arbítrio! Ou seja, somente na medida desse progresso, vai sendo
responsável pelos seus atos!
É o fim do conceito do pecado, do
carma, da queda, do pecado original, do castigo divino e de todos esses dogmas
da antiguidade!
O ato errado não gera castigo por
uma lei implacável. A responsabilidade é progressiva, na medida da conquista do
livre arbítrio. Por isso, quando o espírito sabe o que está fazendo, é
inteiramente responsável pelas suas escolhas. O sofrimento é inerente à
Imperfeição. E Deus, infinitamente bom, sabe que o destino de todos nós é o
caminho do bem.
Esse é um novo ensinamento para
os espíritas!
Precisamos restaurar A Gênese
original de Allan Kardec, para que essa passagem fundamental, e as outras
centenas delas adulteradas, possam ser lidas, estudadas, divulgadas, nos grupos
espíritas brasileiros.(Por Paulo Henrique de Figueiredo, autor de Mesmer – A
ciência negada do magnetismo animal e Revolução Espírita- A teoria esquecida de
Allan Kardec)
Então, quem tem alguma dúvida
sobre o valor da restauração da edição original de A Gênese de Allan Kardec,
sugerimos: Na dúvida, ficamos com Kardec!
(*) (Por Paulo Henrique de
Figueiredo, autor de Mesmer – A ciência negada do magnetismo animal e Revolução
Espírita- A teoria esquecida de Allan Kardec)