Pular para o conteúdo principal

Trajes nos recintos espíritas

Trajes nos recintos espíritas 

Jorge Hessen 
jorgehessen@gmail.com 
Brasília/DF 

Em determinada ocasião, à tarde, visitei uma casa espírita localizada num certo estado do litoral brasileiro. Naquele espaço “doutrinário” senti um grande desconforto quando desfilaram diante de mim algumas pessoas trajando vestuários arrojados e sensuais que avaliamos impróprios para o local. 
Compreendemos que não há nos códigos espíritas quaisquer prescrições com regulamentos proibitivos, todavia, será que em nome da liberdade podemos fazer o que “der na telha” dentro do ambiente kardeciano? 
Atualmente não há muitos textos debatendo sobre o “uso de roupa adequada no recinto de uma instituição espírita”. Apesar de ser assunto desinteressante para alguns, estamos convencidos de que os trabalhadores de uma casa espírita devem utilizar vestes de conformidade com os desígnios do ambiente. O bom senso determina isso! 
Nos espaços do centro espírita é indispensável que seja cultivada a decência e o respeito entre frequentadores e trabalhadores, a fim de que decorra a máxima atenção às tarefas que são ofertadas na instituição. Os que aí convivem necessitam desenvolver discernimento e de maneira muito especial os que estão compromissados nos setores das reuniões mediúnicas, estes devem obrigatoriamente usar roupas aconselhadas. 
Assim como em qualquer ambiente respeitável, deve ser sustentada a seriedade e o comedimento com o vestuário. Até mesmo nas programações de mutirões de limpeza, consertos e conservação das instalações os trajes devem ser sóbrios e adequados para a ocasião. 
Por questões de sensatez deve-se evitar: shorts, bermudas, blusas decotadas sensuais, vestidos ou saias curtas, minissaias, calças apertadas seja para homens e seja para mulheres. Uma casa espírita não é passarela para espetáculos de vaidades terrenas e sim abrigo para meditações do espírito. Por isso, é importante vestir-se com decoro e simplicidade, sem prender-se à veneração do próprio corpo. 
Critério e moderação garantem o equilíbrio e o bem-estar. 
É inaceitável as pessoas procurarem as paragens de reflexões do Espirito envergando trajes lascivos. Até porque os Centros Espíritas são prontos-socorros para os doentes do espírito. 
Os ensinamentos Espíritas respeitam o nosso livre arbítrio, mas isso não equivale afirmar que o Espiritismo aguente a baderna. Centro Espírita sem boa orientação doutrinária é reduto de espíritos malévolos e o comportamento dos frequentadores e trabalhadores estabelece a harmonia ou a algazarra geral. 
Devemos chegar a elas com trajes discretos e que não façam desviar a atenção dos frequentadores para a nossa pessoa. Uma roupa sensual pode causar transtornos em algum espírito menos evoluído. 
As vestimentas sensuais não são apropriadas para quem deseja orar. Ao contrário do que se imagina, os mais pertinazes obsessores são os encarnados voluptuosos. Estes , na verdade, é que amofinam os Espíritos aventureiros do além. 
Uma instituição espírita não é recinto para se aguçar a imaginação erotizante das pessoas improvidentes e sim paragem para aperfeiçoamento e sustentação da FÉ RACIONAL.

Postagens mais visitadas deste blog

O livro “Maria de Nazaré” do autor espiritual Miramez pela mediunidade de João Nunes Maia: Uma análise crítica”

Leonardo Marmo Moreira O zelo doutrinário e o cuidado em não aceitar utopias antes delas serem confirmadas é o mínimo de critério que todo espírita consciente deve ter antes de admitir algo dentro do contexto do estudo espírita. Esse critério deve ser ainda mais rigoroso antes do espiritista sair divulgando ou citando, enquanto expositor ou articulista espirita, tais dados ou informações como corroborações a qualquer ideia ou informações, ainda mais quando digam respeito a realidades de difícil constatação, tais como detalhes da vida do mundo espiritual; eventos espirituais envolvendo Espíritos de elevadíssima condição, episódios espirituais de um passado distante, entre outros. Esse tipo de escrúpulo é o que faz com que o Espiritismo não seja apenas uma religião convencional, mas esteja sustentado em um tripé científico-filosófico-religioso, cujo material de conexão dos vértices desse triângulo é a fé raciocinada.  Temos observado confrades citarem a obra “Maria de...

Maria Dolores, poetisa baiana e mentora do PAE

  Maria Dolores   Biografia de "Maria Dolores." Maria de Carvalho Leite, a conhecida Maria Dolores no Espiritismo, renasceu em Bonfim da Feira (Bahia) em 10 de setembro de 1901 e desencarnou, vitimada por pneumonia, em 27 de julho de 1958; teve três irmãos e duas irmãs; seus pais terrestres foram Hermenegildo Leite e Balmina de Carvalho Leite. Maria Dolores, também chamada de Madô e de Mariinha, diplomou-se professora em 1916 e lecionou no Educandário dos Perdões e no Ginásio Carneiro Ribeiro, ambos em Salvador - Bahia; durante sua vida dedicou-se à Arte Poética e foi redatora-chefe, durante 13 anos, da página feminina do Jornal O Imparcial, além de colaborar no Diário de Notícias e nO Imparcial: sua produção poética foi reunida no livro Ciranda da Vida cujos recursos financeiros foram destinados à instituição Lar das Meninas sem Lar. Casada com o médico Odilon Machado, após anos de sofrimento conjugal, desquitou-se sem ter filhos do próprio ventre; talvez ...

Armas de fogo para quê? Somos pela paz

Armas de fogo para quê? Somos pela paz Jorge Hessen  jorgehessen@gmail.com Brasília - DF  Um encontro entre jovens, em um condomínio de luxo de Cuiabá, se tornou uma tragédia no dia 12 de julho de 2020. Naquela tarde, como fazia com frequência, Isabele Guimarães, de 14 anos, foi à casa das amigas. Horas depois, a jovem foi morta com um tiro no rosto. A autora do disparo Laura, também de 14 anos, relatou à polícia que atirou de modo acidental em Isabele. A adolescente afirmou que se desequilibrou, enquanto segurava duas armas, e disparou. A família da Isabele não acredita nessa versão. Laura praticava tiro esportivo desde o fim de 2019. Ela participou de duas competições e venceu uma delas. (1) Hoje em dia , adolescentes como Laura podem praticar tiro esportivo sem precisar de autorização judicial, graças ao decreto assinado pelo atual presidente do Brasil. A família de Laura, a homicida, integra uma categoria que tem crescido no país, sobretudo durante o atual go...