Protagonistas de uma vivência da história em que somos confrontados com a nossa natureza densa, paradoxalmente ou não, a mesma torna-se mote para a transcendência na procura incessante do súbtil, do silêncio de uma voz que, poderosa, apela ao lado belo de nós mesmos. Assim se define o nosso viver como uma revelação constante, imparável, rumo a um outro mundo dentro deste mundo. Com isso nos identificamos com o Invisível que, mediante os nossos desconfortos de crentes cheios de dúvidas, nos faz reflectir sobre Deus como aquele Ser cujo mundo não pode ser outro senão o nosso; nos eleva à condição do humano como o outro ser que, de tão feito de pó, é simultaneamente tão ar, tão força, tão presença de Deus lembrando que se o filho tráz a marca do pai, logo não seria possível ao humano não transportar a marca do seu Criador. As crises da fé não são o descreditar na existência de Deus, antes as nossas zangas, à semelhança de Job que, caído em desgraça, revolta-se contra Deus pe...