Pular para o conteúdo principal

Revolução Espírita

Revolução Espírita

 Publicado por TV Mundo Maior
Paulo Henrique de Figueiredo é autor do livro “Revolução Espírita, a Teoria esquecida de Allan Kardec”. A obra é fruto de intensos estudos por parte do escritor e jornalista que duraram vinte anos, baseado em fontes primárias, jornais e diversos documentos, são relatados o movimento dos magnetizadores, a infância do codificador, como se qualifica a revolução espírita, a ideia de liberdade e da moral autônoma que o espiritismo propõe. O que teria entusiasmado um intelectual francês do século 19 a reconhecer na teoria espírita o potencial de transformar o mundo? 
A jornalista Cristina Braga conversou com o escritor. 
Confira abaixo a entrevista.
Por que os espíritas não entendem bem o magnetismo?
R: Porque é um assunto complexo. O magnetismo teve duração maior do que o Espiritismo, desenvolvido entre 1857 a 1869. Ele começa com Mesmer antes da revolução (Francesa) que estava vivo na época de Kardec e ainda se desdobrou na pesquisa da hipnose. Eu fui estudar a história do magnetismo e como o fenômeno espírita surgiu nesse meio. As mesas girantes e ‘tudo aquilo’ que girava foi sendo interpretado como um novo fenômeno do magnetismo animal. Kardec tomou conhecimento do magnetismo em 1855, apesar de já conhecê-lo.
A primeira edição do Livro dos Espíritos com 500 perguntas era, em verdade, feita pelos magnetizadores e espiritualistas racionais e das mais diversas áreas do conhecimento?
R: Cadernos com pesquisas de vários grupos de magnetizadores permitiram Kardec em dois anos formular as perguntas para o Livro dos Espíritos. Isso estava completamente desconhecido dos espíritas, então, o mergulho na França, que foi apresentado na Codificação, na cultura da época e o que os espíritos trouxeram de novo. Essa foi a conclusão do meu trabalho.
Você cita eminentes personalidades como Gonçalves de Magalhães, Manuel de Araújo Porto- Alegre e Torres Homem que foram à França trazer novidades sobre o magnetismo para o Brasil. Você reproduz as cartas de Porto-Alegre?
R: Sim, o Gonçalves de Magalhães foi um magnetizador e trouxe o magnetismo animal para o Brasil liderando a escola do espiritualismo racional e escreveu um livro intitulado ‘Fatos dos Espírito Humano’, em 1858, onde termina o livro falando de reencarnação. Porto-Alegre vai conhecer o espiritismo no Brasil nesta mesma época trocando correspondência com Kardec. A esses três amigos, juntou-se o poeta Gonçalves Dias (1823/1864). O livro explica em detalhes a ciência filosófica, termo próprio da época adotado pelo Kardec, de como estudar a filosofia de uma forma científica.
Como você deixou a leitura deste extenso material mais interessante e menos árido para o leitor?
R: Levei dois anos para transformar em um romance histórico que vai contar muitos fatos novos sobre a biografia de Kardec, que se torna um personagem vivo, nos relatos da infância dele (que não foi em Lyon) e sobre a mãe de Kardec que investiu para se tornar educador.

O autor Paulo Henrique esteve nos estúdios da TV Mundo Maior e participou do programa Repensar.Confira:

[youtuber youtube=             http://www.youtube.com/watch?v=80ojr2k_eUI

Postagens mais visitadas deste blog

O livro “Maria de Nazaré” do autor espiritual Miramez pela mediunidade de João Nunes Maia: Uma análise crítica”

Leonardo Marmo Moreira O zelo doutrinário e o cuidado em não aceitar utopias antes delas serem confirmadas é o mínimo de critério que todo espírita consciente deve ter antes de admitir algo dentro do contexto do estudo espírita. Esse critério deve ser ainda mais rigoroso antes do espiritista sair divulgando ou citando, enquanto expositor ou articulista espirita, tais dados ou informações como corroborações a qualquer ideia ou informações, ainda mais quando digam respeito a realidades de difícil constatação, tais como detalhes da vida do mundo espiritual; eventos espirituais envolvendo Espíritos de elevadíssima condição, episódios espirituais de um passado distante, entre outros. Esse tipo de escrúpulo é o que faz com que o Espiritismo não seja apenas uma religião convencional, mas esteja sustentado em um tripé científico-filosófico-religioso, cujo material de conexão dos vértices desse triângulo é a fé raciocinada.  Temos observado confrades citarem a obra “Maria de Naz

A Tangibilidade é uma Manifestação do Corpo Mental

  José Sola Um dos atributos de Deus apresentado por Allan Kardec é de que a Fonte Originária da Vida, em sua essência, é imaterial. Somos ainda informados pelo mestre Lionês, de que o espirito é uma centelha divina emanada do Criador, o que nos leva a concluir que o espirito é imaterial, tanto quanto Deus. E no intento de corroborar o que estamos informando, vamos apresentar algumas questões de Kardec que nos permitirá analisar com maior clareza este conceito. 25 - O espirito é independente da matéria, ou não é mais do que uma propriedade desta, como as cores são propriedades da luz e o som uma propriedade do ar? R – São distintos, mas é necessária a união do espirito e da matéria para dar inteligência a esta. Nestas palavras do Espirito da Verdade fica explicitado que espirito e matéria são elementos independentes, mas que é o espirito o eu diretor da matéria, assim, é ele que propicia inteligência a mesma. 26 - Pode se conhecer o espírito sem a matéria e a matéria

“BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO”: UMA ANÁLISE CRÍTICA (PARTE III (CAPÍTULOS 15 ATÉ 23)

LEONARDO MARMO MOREIRA CONTINUAÇÃO DA PARTE II... Capítulo 15 – A Revolução Francesa                 Nesse capítulo, fora o jargão católico que permeia todo o livro, não há maiores pontos de destaque para a leitura de um Espírita militante. Todavia, acreditamos válido dois registros: p.111  “— Anjo   amigo – interpelou um dos operários da luz naquela augusta assembleia...”                                 “Anjo” é uma expressão católica que não tem nenhum valor à luz da Doutrina Espírita. Será que não poderia ser substituída? A Doutrina Espírita não veio ao mundo para proporcionar a cada um de nós a Verdade que liberta da ignorância? Ora, a ignorância espiritual inclui as visões mitológicas a respeito de Espíritos superiores, os quais são Espíritos humanos, trabalhando para o desenvolvimento progressivo de suas qualidades, o que consiste destino comum a todos nós. Cabe a pergunta: será que Allan Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne, André Luiz, Yvonne Pereira, H