Pular para o conteúdo principal

Comerciantes mirins, novas gerações e o mundo de regeneração (Jorge Hessen)

Comerciantes mirins, novas gerações e o mundo de regeneração (Jorge Hessen) 



Jorge Hessen 

Novas gerações, velhas provocações diante dos atuais desafios da inteligência infanto-juvenil. Realmente observamos os pequenos (crianças e adolescentes) como exímios empreendedores que se sobressaem quais proeminentes alienígenas negociantes e habitantes da Terra. 
São indicativos panoramas para uma Nova Era sob as ondas das informações ultrarrápidas e estímulos ao empreendedorismo, cujos efeitos são os surgimentos dos mirins fenomenais que nestes tempos de vida apressada hão faturado alto antes mesmo de completarem a maioridade. Quiçá estejamos diante do convite à solidariedade, inobstante o acúmulo de bens que paradoxalmente poderá diminuir a desigualdade das riquezas. 
Além de Mikaila Ulmer, uma das empresárias mais jovens dos EUA, com a criação do BeeSweet Lemonade, comerciando 360 mil garrafas de sua limonada por ano em lojas sofisticadas, como a rede de supermercados Whole Foods, listamos aqui outros empreendedores mirins da Nova era. É o caso de Pixies Bows, responsável pela loja virtual Pixies Bows, em que vende laços e tiaras, os dois acessórios mais marcantes de seu estilo. As peças estão à venda entre US$ 15 e US$ 24 (R$ 45 e R$ 72). 
Lembramos de Charlis Crafty Kitchen, de 8 anos, que já virou uma celebridade na internet e fatura cerca de US$ 128 mil com vídeos em que ensina receitas. Outro fenômeno é o pequeno Evan, que desde 2011 faz vídeos no YouTube. Atualmente, seu canal EvanTubeHD já tem mais de 1 bilhão de visualizações e 1,3 milhão de assinantes e fatura mais de US$ 1 milhão. 
Outro exemplo é Rachel Zietz, de 18 anos que detém marca para vender equipamentos esportivos. A jovem lançou sua empresa, a Gladiator Lacrosse, e já faturou mais de 1 milhão de dólares. 
Noa Mintz tinha apenas 15 anos e já faturava cerca de US$ 500 mil por ano. Sua empresa cobra uma taxa de US$ 5 por serviço de baby-sitter arranjado, e uma taxa de 15% sobre o primeiro salário das babás, que varia entre US$ 64 mil e US$ 100 mil por ano. 
Seguramente teremos que aprender a conviver com a pós-modernidade considerando a presença do capital e o consumismo licenciosos, da difusão de conhecimento e tecnologia avançada apressando a automação da vida terrestre, da carência de valores morais, da extenuação dos sistemas de ideias, do desalento dos vínculos afetivos e do egocentrismo acentuado. 
Eis aí algumas particularidades da Nova Era que ainda suscitam incertezas de um porvir de um planeta mais pacífico e fraterno. Todas essas mudanças velozes de empreendimentos precoces e as crises presentes nas inquietas esferas sociais indiciam a (pré)construção do mundo de regeneração, que não poderá ser regido pelo convite materialista ainda vigente em nosso atual estágio evolutivo. 
A geração da Nova Era, encarnada ou em via de encarnar neste período sensível de mudanças paradigmáticas, obviamente traz uma bagagem moral e intelectual específica do mundo extrafísico e tem ciência sobre a sua fascinante incumbência de tomar as rédeas desse patrimônio civilizacional em nome de um multiculturalismo econômico às vezes insano. 
Sim, geração que deve estar comprometida com missões diferentes para o bem coletivo, com o desígnio de agenciar as transformações imprescindíveis que estão antevistas na Lei do Progresso. 
Deste modo, não estamos diante de uma geração de seres perfeitos para iniciar uma revolução prodigiosa na Terra, mas tão somente de Espíritos mais experientes nas diversas (re)encarnações terrestres que, mais perspicazes e ilustrados, esquadrinham um indulto na consciência com vista a edificação do amanhã brilhante, cientes de que, sem o enriquecimento moral por meio da observância da Lei de amor, justiça e caridade, será impraticável a concretização do mundo de regeneração.

Postagens mais visitadas deste blog

O livro “Maria de Nazaré” do autor espiritual Miramez pela mediunidade de João Nunes Maia: Uma análise crítica”

Leonardo Marmo Moreira O zelo doutrinário e o cuidado em não aceitar utopias antes delas serem confirmadas é o mínimo de critério que todo espírita consciente deve ter antes de admitir algo dentro do contexto do estudo espírita. Esse critério deve ser ainda mais rigoroso antes do espiritista sair divulgando ou citando, enquanto expositor ou articulista espirita, tais dados ou informações como corroborações a qualquer ideia ou informações, ainda mais quando digam respeito a realidades de difícil constatação, tais como detalhes da vida do mundo espiritual; eventos espirituais envolvendo Espíritos de elevadíssima condição, episódios espirituais de um passado distante, entre outros. Esse tipo de escrúpulo é o que faz com que o Espiritismo não seja apenas uma religião convencional, mas esteja sustentado em um tripé científico-filosófico-religioso, cujo material de conexão dos vértices desse triângulo é a fé raciocinada.  Temos observado confrades citarem a obra “Maria de Naz

A Tangibilidade é uma Manifestação do Corpo Mental

  José Sola Um dos atributos de Deus apresentado por Allan Kardec é de que a Fonte Originária da Vida, em sua essência, é imaterial. Somos ainda informados pelo mestre Lionês, de que o espirito é uma centelha divina emanada do Criador, o que nos leva a concluir que o espirito é imaterial, tanto quanto Deus. E no intento de corroborar o que estamos informando, vamos apresentar algumas questões de Kardec que nos permitirá analisar com maior clareza este conceito. 25 - O espirito é independente da matéria, ou não é mais do que uma propriedade desta, como as cores são propriedades da luz e o som uma propriedade do ar? R – São distintos, mas é necessária a união do espirito e da matéria para dar inteligência a esta. Nestas palavras do Espirito da Verdade fica explicitado que espirito e matéria são elementos independentes, mas que é o espirito o eu diretor da matéria, assim, é ele que propicia inteligência a mesma. 26 - Pode se conhecer o espírito sem a matéria e a matéria

Armas de fogo para quê? Somos pela paz

Armas de fogo para quê? Somos pela paz Jorge Hessen  jorgehessen@gmail.com Brasília - DF  Um encontro entre jovens, em um condomínio de luxo de Cuiabá, se tornou uma tragédia no dia 12 de julho de 2020. Naquela tarde, como fazia com frequência, Isabele Guimarães, de 14 anos, foi à casa das amigas. Horas depois, a jovem foi morta com um tiro no rosto. A autora do disparo Laura, também de 14 anos, relatou à polícia que atirou de modo acidental em Isabele. A adolescente afirmou que se desequilibrou, enquanto segurava duas armas, e disparou. A família da Isabele não acredita nessa versão. Laura praticava tiro esportivo desde o fim de 2019. Ela participou de duas competições e venceu uma delas. (1) Hoje em dia , adolescentes como Laura podem praticar tiro esportivo sem precisar de autorização judicial, graças ao decreto assinado pelo atual presidente do Brasil. A família de Laura, a homicida, integra uma categoria que tem crescido no país, sobretudo durante o atual governo brasilei