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Luiz Carlos Formiga |
Não conseguimos acessar um texto antigo
publicado no Panorama Espírita (*), mas não se perdeu. Encontramo-lo em “O
Rebate”. “Espiritismo
na Universidade (Memória). Núcleos Espíritas Universitários na Oficina
da CEERJ”.
Foi publicado na época em que um
presidente disse que não se preocupava com a CPI da Petrobrás e chamava
senadores de pizzaiolos, dizendo que
a CPI era “interessante apenas para quem
gostava de carnaval.”
Nessa época o curso de História da
Faculdade - UNIAMÉRICA – realizou o primeiro encontro História na Fronteira.
Com a temática “Espiritismo em Foz do
Iguaçu”.
O objetivo, da série de encontros, era a
trazer temas de interesse da comunidade para um bate papo entre acadêmicos,
professores, interessados e os convidados que vivenciaram a história de Foz do
Iguaçu.
O evento, realizado na praça das águas do
Cataratas JL Shopping, teve sua segunda edição, com o tema “Período Militar em Foz do Iguaçu”. A atividade foi realizada em
parceria com os restaurantes, Bistrô da Praça e Soft Tacos Mexican Food.
A temática do primeiro encontro surgiu do
interesse de um acadêmico em conhecer os detalhes da época da implantação do
movimento espírita na cidade: “já tenho
interesse neste tema há muito tempo e sempre quis aprofundar o entendimento
sobre o início e a consolidação do espiritismo na cidade desde os primeiros
momentos”.
“O
Espiritismo teve início em Foz do Iguaçu quando o alagoano José Ferreira
iniciou as atividades em 1918, mesmo ano em que a cidade ganha o nome de Foz do
Iguaçu. Na época ele, que era policial, chegou a ser perseguido inclusive por
seus colegas de profissão”.
Hoje não é muito diferente, embora a
técnica seja outra. (1)
Estamos lembrando “essas coisas” para não
ficar com a aquela estranha sensação de “elo perdido”.
No final, acadêmicos e professores que
participaram do primeiro encontro - “Espiritismo
em Foz do Iguaçu”. - fizeram avaliação:
“O
nível de aprofundamento foi fantástico”.
“Pudemos
questionar diretamente quem viveu a história e não através de terceiros ou
mesmo de livros. Muitos aproveitaram inclusive para questionar sobre outros
temas de pesquisa da época”.
Estamos em boa hora. AREX/CEERJ, Área de
Relações Externas tem por proposta
central realizar a interface entre o
movimento Espírita e a própria Doutrina Espírita com a sociedade em que estamos
inseridos, bem como os diversos saberes e conhecimentos vigentes nesta
sociedade.
No Serviço de Apoio às Ações Doutrinárias
fora do Movimento Espírita surge a Campanha de organização e estruturação de
Núcleos Espíritas Universitários, NEU.
Vai se procurar buscar o auxílio de
professores do ensino superior, funcionários e alunos espíritas das
universidades. (2)
Tenho duas sugestões.
A primeira é que consultem Eduardo Zugaib:
Plano de trabalho para a vida toda. Se
nós pudermos realizar o item 1 estará de bom tamanho.
“Faça o
que é certo, não o que é fácil. O nome disso é Ética”, Mas não deixe de
ver os outros nove. (3)
No entanto, enfatizo que espíritas ainda
dormem e continuam acreditando, apesar das evidências, naqueles que vieram com
a “conversa mole” do monopólio da Ética. (4)
A segunda é que se consulte o número de
NEUs existentes no passado. O Jornal O Rebate, que não é espírita, pode
oferecer informações. (5)
Para atividade prática, professores podem
encontrar referencia para trabalho pontua,l
ainda no mesmo Jornal Eletrônico.
Isso poderá ser um enorme exercício de
tolerância ou de luta contra o preconceito. (6)
Gostaria de enfatizar que o jornal nunca
se recusou a publicar. No movimento espírita já tive experiência diferente.
A tolerância é um exercício matemático
difícil de resolver, tanto que usei recentemente “mediumfobia” para me referir ao pejorativo, que pode rotular
aquele que diz “ver e ouvir espíritos”.
Dissemos anteriormente que muitos adeptos
possuem curso universitário. Sim, é verdade, temos diversas associações de
profissionais de nível superior. Mas estamos cuidando dos locais onde eles
fazem a graduação e pós? Como andam nossos “hospitais espíritas”?
Creio que as perguntas receberão
respostas. Elas dependem de “sorteio”, como os das Turmas no STF. Espero que
cair nas mãos certas. “Jardim do Éden” ou na “Câmara de Gás”? (7) É a vida!
Na Faculdade União das
Américas ouvimos outro depoimento: “Os
pioneiros guardam essa memória das primeiras experiências e tivemos a
oportunidade de ouvir sobre elas em primeira mão. Foi um encontro muito rico
para se perceber como foi construída a visão atual do Espiritismo, desde a
necessidade do pioneiro se esconder para realizar suas atividades até o ponto
em que estamos hoje, no qual os participantes são vistos como pessoas ligadas à
caridade e à intelectualidade, por lerem muito”. (1)
Estamos lendo mesmo? O texto traz desafio logo
abaixo.
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