Um dos atributos de Deus apresentado por Allan Kardec é de
que a Fonte Originária da Vida, em sua essência, é imaterial.
Somos ainda informados pelo mestre Lionês, de que o
espirito é uma centelha divina emanada do Criador, o que nos leva a concluir
que o espirito é imaterial, tanto quanto Deus.
E no intento de corroborar o que estamos informando, vamos
apresentar algumas questões de Kardec que nos permitirá analisar com maior
clareza este conceito.
25 - O espirito é independente da matéria, ou não é mais do
que uma propriedade desta, como as cores são propriedades da luz e o som uma
propriedade do ar?
R – São distintos, mas é necessária a união do espirito e
da matéria para dar inteligência a esta.
Nestas palavras do Espirito da Verdade fica explicitado que
espirito e matéria são elementos independentes, mas que é o espirito o eu
diretor da matéria, assim, é ele que propicia inteligência a mesma.
26 - Pode se conhecer o espírito sem a matéria e a matéria
sem o espirito?
R – Pode se, sem dúvida, pelo pensamento.
Nesta questão de o “Livro dos Espíritos” de Kardec,
verificamos que nos é possível apreciar o espirito como uma individualidade
independente da matéria, através do pensamento, pois embora o pensamento se
manifeste revestido de matéria em outra dimensão (psiquismo), nos revela uma
causa inteligente, a fonte imaterial que é a vida, e insufla o corpo
espiritual, o corpo energético e o corpo de matéria de inteligência, amor, e
infinitos atributos que ignoramos possuir.
27 – Haveria, assim, dois elementos gerais do universo: a
matéria e o espirito?
R – Sim, e acima de ambos, Deus, o Criador, o Pai de todas
as coisas. E essas três coisas são o principio de tudo o que existe, a Trindade
Universal. Mas ao elemento matéria é necessário ajuntar o Fluido Universal, que
exerce o papel de intermediário entre o espirito e a matéria propriamente dita,
demasiado grosseira para que o espirito possa exercer alguma ação sobre ela.
Embora, de certo ponto de vista, se pudesse considera-lo como elemento
material, ele se distingue por propriedades especiais. (...)
Informa-nos Kardec na questão 27 de que existem dois
elementos gerais do
universo, que são espirito e matéria, mas que acima de ambos,
está Deus. Mas para que o Criador atue na matéria é necessário outro elemento o
Fluido Universal (Principio Psíquico - Corpo Espiritual de Deus), sendo este, o
intermediário entre o espirito e a matéria propriamente dita, pois a matéria é
demasiado densa para que o espirito possa exercer alguma ação sobre ela.
Lembrando-nos que o Fluido Universal é constituído por
partículas de matéria em outra dimensão, distinguindo-se por propriedades
especiais. Utilizando-nos da lógica e da razão, verificamos que os corpos que
formam o “Ser,” espirito, corpo mental, corpo espiritual, corpo energético
(períspirito), e corpo matéria, são individualidades definidas, entretanto,
para sequenciarem sua evolução necessitam permanecer em simbiose absoluta,
embora permaneçam eternamente como individualidades, demorar-se-ão radicadas na
eternidade, pois a evolução vai ao infinito.
E compreendendo as informações passadas por Allan Kardec,
verificamos que para atuar na matéria sólida, o Ser Supremo da Vida, necessita
do Fluido Universal, que conforme o Espirito da Verdade é composto de matéria
em outra dimensão, sem essas graduações diferenciadas da matéria, Deus não
teria como atuar na matéria densa que constituem a vida na terra, como em
infinitos outros recantos do universo. E como somos imagem e semelhança de
Deus, não antropomórficas, mas virtuais, tampouco é possível ao espírito, atuar
diretamente na matéria sólida, pois centelhas que somos da vida do Criador, em
essência somos imateriais e necessitamos do corpo mental, corpo espiritual,
além do corpo energético para nos revestir do corpo material.
E para que saneemos a dúvida quanto à impossibilidade de um
espirito comunicar-se diretamente através da matéria, é que apresentamos este
mecanismo todo de que necessita o espirito para estar se revestindo do corpo
físico.
Não nos esquecendo de salientar as infinitas dimensões
vibracionais diferenciadas em que permanece a centelha divina. Digo centelha
divina, pois no reino mineral e vegetal, o princípio psíquico ainda não se
maturou como espirito, nesse momento evolutivo a matéria ainda não reveste um
espirito, mas principio inteligente, pois só podemos chamar o principio
inteligente de espírito a partir do reino animal, em razão de que é a partir
desse reino que o princípio inteligente se individualiza, então podemos
chama-lo de espirito. (Ver o texto “Evolução Anímica”, e questão 78 do Livro
dos Espíritos de Allan Kardec)
Sem nos esquecermos que a Física nos informa: para que um
corpúsculo atômico possa interagir com outro, há a necessidade de sintonias
vibracionais, que se sucedem a maior parte das vezes, nos opostos da carga
elétrica
E um pouco mais adiante, estarei inserindo um enxerto do
capítulo: Corpo Espiritual em que André Luiz nos informa de que o corpo
espiritual é constituído de células, noutra faixa vibratória. Essa diferença
vibratória impossibilita ao espírito mesmo revestido de corpo espiritual,
interagir na matéria sólida.
Para que aconteça a interação do espirito, como vimos
revestido do corpo espiritual, é necessária a intervenção do períspirito que é
um corpo energético, plasmático, corpo este que permite ao espírito radicar-se
ao plasma sanguíneo, conforme nos informa André Luiz.
Em o livro “Mundo Maior”, nosso amigo Calderaro nos diz
ainda: “Todo campo nervoso da criatura constitui a representação de potências
perispiríticas, vagarosamente conquistadas pelo ser, através de milênios e
milênios”.
E em o livro “Missionários da Luz” na pagina 221 Alexandre
corrobora as palavras de Calderaro e também o que estamos informando. “O
sangue, portanto, é como se fora o fluido divino que nos fixa as atividades no
campo material e em seu fluxo e refluxo incessantes, na organização
fisiológica, fornecendo o símbolo do eterno movimento das forças sublimes da
Criação Infinita”.
Nas palavras de Calderaro, e de Alexandre, tanto quanto
outras, de outros instrutores de André Luiz somos informados que o períspirito
está radicado ao plasma sanguíneo, o que quer dizer que é o plasma sanguíneo o
elemento que possibilita ao espírito, através do períspirito radicar-se a
matéria. Digo espírito e períspirito, porque os mesmos permanecem em simbiose
desde os primórdios da evolução anímica, quando na maturação da substância a
centelha divina inicia a sua caminhada rumo à evolução que lhe está reservada
na eternidade.
E corroborando a premissa de que espírito, períspirito, e
matéria permancem em simbiose desde o momento em que o principio inteligente
inicia sua caminhada em busca da individualidade, a partir do reino do minério,
apresentamos as palavras de Clarêncio, em o livro “Entre a Terra e o Céu”
pagina 132. “O prodigioso corpo do homem na Crosta Terrestre foi erigido
pacientemente, no curso dos séculos, e o delicado veiculo do Espirito, nos
planos mais elevados, vem sendo construído, célula a célula, na esteira dos
milênios incessantes....”
Como vimos nas palavras de Calderaro, Clarêncio, e
Alexandre, para que o espírito atue na matéria densa, necessita da matéria em
outra dimensão, como a da constituição do corpo espiritual, e mesmo assim, necessita
de um corpo plasmático que lhe permita aderir às células da matéria sólida.
Já aprendemos que a manifestação da vida no infinito do
universo é inteligente, lógica e racional, em todos os momentos da eternidade,
e as fórmulas, teoremas, premissas, e outros, de que se utiliza a ciência,
corroboram este conceito, pois se a vida do universo não manifestasse essa
inteligência, essa lógica e essa racionalidade, não existiria campo de
assimilação para que a inteligência, a lógica, e a racionalidade humanas, se
manifestassem faltar-lhes-ia correspondência.
Conforme verificamos nas questões de o “Livro dos
Espíritos” e no livro “A Gênese” de Allan Kardec que o Ser Supremo do universo,
para atuar na matéria sólida, necessita do Fluido Universal, elemento este, que
o Espirito da Verdade denomina de matéria embora se apresentando em condições
especificas (outra dimensão) e André Luiz corrobora em o livro “Evolução em
Dois Mundos”.
Sendo Deus imaterial necessita do Fluido Universal um
elemento psíquico, que é constituído de “matéria” em outra dimensão, o espirito
que é imagem virtual do Criador, sendo sua essência, também é imaterial, e
tampouco tem como interagir ou revestir-se da matéria densa de forma direta,
necessita do corpo energético (períspirito), e do corpo espiritual (psiquismo)
para poder revestir-se do corpo de matéria. E sequenciando nosso raciocínio,
após havermos verificado que o corpo espiritual é um reflexo do corpo mental,
vamos continuar extrapolando Kardec, pois ele nos informa em “O Livro dos
Médiuns” No capitulo: Do Laboratório do Mundo Invisível, que o espirito tem a
possibilidade de tornar-se tangível, e utilizando-se da força de vontade
apresentar-se revestido da matéria sutil que o envolve.
Cósmico Universal, lhe é possível, estar elaborando através
da mente, uma imagem, revestindo-a dessa matéria, tornando essa imagem
tangível, e algumas vezes palpável mesmo, pois é no Fluido Cósmico Universal,
nesse Laboratório Infinito da Vida que o espirito encontra a matéria prima que
lhe possibilita elaborar os elementos de que necessite ou que deseje, dentre
outros a vestimenta, vejamos Kardec.
“126. Temos dito que os espíritos se apresentam vestidos de
túnicas, envoltos em largos panos, ou mesmo com os trajes que usavam em vida. O
envolvimento em panos parece costume geral no mundo dos espíritos.
Mas aonde irão eles buscar vestuários semelhantes em tudo o
que traziam quando vivos com todos os acessórios que os completavam? É fora de
qualquer dúvida que não levaram consigo esses objetos, pois que os objetos
reais temo-los ainda sob nossas vistas”. (...)
Somos levados a raciocinar que a vestimenta que os
espíritos se utilizam na espiritualidade, que se assemelham em tudo às que
utilizavam enquanto encarnados, aconteça devido o espirito haver automatizado
na mente a configuração da mesma, pois a maior parte das vezes, o espirito não
tem consciência de como, ou porque está revestido da roupa que usava quando
encarnado, e em alguns casos não lhes é possível escolher sua vestimenta, mas
utilizam a que lhes é apresentada, porque muitos espíritos ignoram que estão
desencarnados.
E para corroborar meu raciocínio, lembremos que o irmão
Jacob, estava vestindo o roupão de enfermaria, Segundo seu entendimento no
livro “Voltei” psicografado pelo médium Francisco Candido Xavier, não se sentia
a vontade para se afastar do leito com esse roupão, mas não apresentava
condições para elaborar outra vestimenta. Passemos a palavra ao irmão Jacob:
pelo apresentado por ele próprio Segundo seu entendimento no livro “Voltei”).
“Dispúnhamo-nos a deixar o abrigo a que nos refugiáramos, quando percebi que me
encontrava em trajes impróprios. Arraigado à ideia de que seria visto por
amigos encarnados, não ocultei um gesto de aborrecimento.
À distância do leito, aquele roupão alvo não deixava de ser
escandaloso. Marta que me seguia às reflexões, sorridente, vestia-se com
apurado gosto.
Ia expor-lhe os receios que me assaltavam, quando se
adiantou, asseverando que as preocupações do momento me atestavam as melhoras.
– Um homem desalentado não pensa em roupa - disse-me
alegremente”.
Nosso irmão Jacob permanecia vestindo um roupão do
hospital, que foi elaborado por outros espíritos, e o costume cinza, semelhante
ao que ele costumava usar quando encarnado, foi levado a ele pelo Dr. Bezerra,
e pelo irmão Andrade, que não fora confeccionado por ele, o que nos leva a
deduzir que o amigo Jacob ainda não se havia apercebido da possibilidade de
elaborar a vestimenta.
Kardec em o livro “A Gênese” no capitulo, Ação dos
Espíritos sobre os fluidos. – Criações fluídicas. - Fotografia do pensamento.
“Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do Fluido Cósmico
Universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elemento
donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem os
fenômenos especiais, perceptíveis á visão e à audição do Espirito, mas que
escapam aos sentidos carnais, impressionáveis somente a matéria tangível; o
meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa e
pelos efeitos, da luz ordinária; finalmente o veículo do pensamento, como o ar
o é do som.”
E um pouco mais adiante neste mesmo capítulo página 282,
ele nos esclarece de que a aparência de que o espírito se reveste ao
apresentar-se, é trazida no pensamento,
mas que o espirito em sua essência não é coxo, ou decapitado, apenas refletindo
a imagem mental que conserva na consciência.
“Por análogo efeito, o pensamento do espírito cria
fluidicamente os objetos que ele esteja habituado a usar.
Um avarento manuseará ouro, um militar trará suas armas e
seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, um lavrador a sua charrua e seus bois,
uma mulher velha a sua roca. Para o espírito, que é, também ele, fluídico,
esses objetos fluídicos são tão reais como o eram, no estado real para o homem
vivo; mas pela razão, de serem criações do pensamento, a existência deles é tão
fugitiva quanto a deste”.
Ao explicitar-nos Kardec de que a existência dos objetos,
da vestimenta tanto quanto deste (espirito) é fugitiva, ele faz referência à
aparição tangível, pois os espíritos como já o sabemos são eternos, e as vestes
de que se utilizam os espíritos, são tão reais para eles, quanto as que usamos
enquanto encarnados, só estarão sendo substituídas através da vontade do
espírito.
E em “O Livro dos Médiuns”, no capítulo da bicorporeidade e
da transfiguração, Kardec narra um fenômeno de tangibilidade do espírito tanto
quanto a caixa de rapé, que era seu objeto de uso, passemos a palavra ao nosso
mestre Lionês.
“116. Outra senhora, residente na província, estando
gravemente enferma, viu certa noite, por volta das dez horas, um senhor idoso,
que residia na mesma cidade com quem ela se encontrava às vezes na sociedade,
mas sem que existissem relações estreitas entre ambos.
Viu-o perto de sua cama, sentado numa poltrona e a tomar,
de quando em quando, uma pitada de rapé. Tinha ares de vigia-la. (...)
Passados alguns dias, tendo-se restabelecido, recebeu a
visita do dito senhor, mas em hora mais própria, sendo que desta vez era ele
realmente quem lá estava. Trazia a mesma roupa, a mesma caixa de rapé e os
modos eram os mesmos. Persuadida de que ele a visitara durante a enfermidade
agradeceu-lhe o incomodo a que se dera. O homem, muito espantado, declarou que
havia longo tempo não tinha a satisfação de vê-la. (...)
Sequenciando este capítulo existem outras narrativas apresentadas
por Kardec que corroboram a tangibilidade. Nesta, somos informados da
possibilidade do espírito tornar-se tangível, tanto quanto, da possibilidade de
ocorrer o mesmo com um objeto, que o espirito reproduz na tela mental,
revestindo-o das energias (matéria em outra dimensão) emanadas pelo pensamento
tendo como fonte de manifestação o corpo mental.
Em o livro “Evolução em Dois Mundos” no capítulo Corpo
Espiritual André Luiz apresenta argumentos que corroboram as palavras de
Kardec, que deixo de transcrever na
integra, pois já o apresentei em textos anteriores, fazendo-o, no entanto, em
dois parágrafos desse capítulo no intento de extrapolar melhor o mesmo e de
sequenciarmos nossos estudos.
“Para definirmos, de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso
considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na
realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo
espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação”.
Nestas palavras, André Luiz nos informa que o corpo
espiritual não é o reflexo do corpo físico, ou seja, é o corpo de matéria que
associado ao períspirito refletem o corpo espiritual, entretanto o corpo
espiritual reflete o corpo mental.
Então somos levados a concluir que é através do corpo
mental (pensamento) que o espirito manifesta a forma, o que nos leva a deduzir
que esta forma já existe como um atributo de Deus como um eterno vir a ser, que
através do mecanismo da evolução matura-se e que embora ela já exista como um
eterno vir a ser, se apresentará sempre dependendo do momento evolutivo em que
se encontra o eu inteligente que está reveste.
Se a forma não existisse no espirito como existe a
inteligência, o amor, e infinitos outros atributos que se manifestam de Deus
como um eterno vir a ser na vida do espirito, teríamos que admitir que essas
formas fossem resultantes de uma casualidade elaboradas pela mente do “Ser”.
Entretanto compreendemos que essas formas, já existem no
inconsciente puro, lógico e que as mesmas não se manifestam como infinitos
psiquismos individualizados aguardando o momento maturativo para
manifestarem-se, o protótipo psíquico é único, contendo as infinitas
modalidades de formas que estarão revestindo o espírito na eternidade.
E este raciocínio confirma as palavras de Kardec na questão
88 de o Livro dos Espíritos, quando nos informa que o espírito não tem uma
forma fixa, mas que manifesta a forma que responda a seu momento evolutivo.
E André Luiz prossegue corroborando as palavras do Espírito
da Verdade:
“Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a
consciência imortal prossegue em manifestação incessante, além do sepulcro,
formação sutil urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em
cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, a face do sistema de
permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das
partículas coloides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço
segundo a sua condição específica, apresentando estados morfológicos conforme o
campo mental a que se ajusta”.
E nestas palavras André Luiz, corrobora Kardec,
informando-nos que o corpo espiritual é formado de matéria em outra dimensão,
apresentando-nos uma analogia com alguns elementos materiais, que nos possam
dar uma breve noção da matéria que reveste o corpo espiritual.
E ele é explicito em sua informação, pois nos esclarece que
o corpo espiritual em sua formação sutil urdida em recursos dinâmicos,
extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória,
a face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou
menos à feição das partículas coloides, com a respectiva carga elétrica,
comportando-se no espaço segundo a sua condição especifica, e apresentando
estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta.
E continuando com Kardec no capítulo 14 de o livro A
Gênese, parágrafos13 e 14, nos passa informações que reforçam esta premissa,
vejamos.
“Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do
fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais;
o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem
os fenômenos especiais, perceptíveis á visão e á audição do Espirito, mas que
escapam aos sentidos carnais, impressionáveis somente a matéria tangível; o
meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa e
pelos efeitos, da luz ordinária; finalmente o veiculo do pensamento como o ar o
é para o som.”
Através destas palavras de Kardec, somos informados que os
fluidos espirituais constituem um dos estados do Fluido Cósmico Universal, e
que o mesmo é a atmosfera dos seres espirituais, em outras palavras, o fluido
espiritual, está para o espírito como o ar que respiramos está para nós
espíritos encarnados.
E que é este a ambiência de que o espírito retira a matéria
prima, que lhe
permite apresentar os fenômenos infinitos que na vida se
manifestam. Entretanto, esses fenômenos nos escapam aos cinco sentidos
sensoriais, impressionáveis, pois somente a matéria tangível.
É o laboratório infinito, onde se forma a luz peculiar ao
mundo espiritual, que difere pela causa e pelos efeitos da luz que apreciamos
no momento evolutivo em que permanecemos enquanto encarnados, finalmente o
veiculo do pensamento como o ar o é para o som, e é no veiculo do pensamento, a
energética da mente ou psiquismo (corpo mental), que o espírito encontra campo
para manifestar sua vontade, materializando a vida que possui em absoluto em
sua condição imaterial.
E nos informa também, que o fluido espiritual constitui um
dos estados do Fluídico Cósmico Universal, e este está para Deus, tanto quanto
o nosso corpo espiritual está para nosso espirito. Assim como o fluido
espiritual é um dos infinitos momentos de ser do Criador, o espirito manifesta
através do corpo espiritual, fluidos diversos através de suas vibrações. Alguns
como o magnetismo e suas aplicações que nos permitem senti-lo, entretanto
outros diversos de que não temos ainda noção dessa realidade, como o
pensamento, o psiquismo que permite que a hereditariedade aconteça, pois como
já verificamos, a matéria se desintegra e não teria condições de sequenciar o
fator hereditário, os genes cromossômicos, pois estes são os responsáveis pela
formação do corpo físico, e determinam mesmo, as deformações orgânicas que se
manifestam na vida do espírito encarnado, lógico que não são eles a causa,
apenas o efeito, a causa é sempre o espirito.
E ainda a luz que o espirito irradia, pois essa luz não se
manifesta diretamente do Fluido Cósmico Universal (corpo espiritual de Deus),
essa luz é trazida pelo espírito em potenciação em seu inconsciente puro (o
espírito em sua condição imaterial), e que através do corpo mental imanta o
corpo espiritual, propiciando ao espirito irradiá-la, no momento maturativo
apropriado para que esse fenômeno se manifeste.
Isto dito não desejo dizer que o corpo espiritual do
espirito não tenha como fonte originária o Fluido Cósmico Universal de Deus,
pois nós não somos seres a parte da Criação, existimos e nos movemos em Deus.
Desejo apenas lembrar que a centelha divina (espírito),
traz radicado um corpo espiritual (psiquismo), que individuado, o acompanhará
na eternidade.
Sendo levado a deduzir que essa individualização aconteça
enquanto a centelha divina permanece ainda no núcleo da substância, que
maturada inicia sua caminhada rumo à “individualidade”, à lógica e à razão, a
partir do reino do minério. Existimos em Deus na eternidade, pois Deus
manifesta a Vida em absoluto no universo, a este nada se soma, e tampouco nada se
subtrai, e esta premissa nos leva a raciocinar de que existimos em Deus desde a
eternidade para toda a eternidade.
Como podemos ver nas informações passadas por Kardec, o
Fluido Cósmico Universal, é o “corpo” espiritual que permite ao Mesmo manifeste
a vida no universo, em outras palavras, é através do Fluido Cósmico Universal,
que Deus materializa a sua vontade, sua inteligência, seu amor, e infinitos
outros atributos que desconhecemos, pois em sua essência divina Deus é
imaterial.
E como retro informado, o espírito em sua essência, é
imaterial quanto Deus, pois como nos informa Kardec somos uma centelha divina
do Criador, e para materializar nossa vontade, necessitamos do corpo mental, e
é este corpo que através do pensamento irradia a vida em suas infinitas formas
de manifestar-se - dependendo é lógico do momento evolutivo em que nos
detenhamos-formando o corpo espiritual, pois conforme André Luiz, o corpo
espiritual reflete o corpo mental (pensamento).
E no intendo de corroborar esta premissa, apresento uma
nota do autor espiritual André Luiz: “O corpo mental, assinalado
experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório sutil da mente, e que
por agora, não podemos definir com mais amplitude de conceituação, além daquela
com que tem sido apresentado pelos pesquisadores encarnados, e isto por falta
de terminologia adequada no dicionário terrestre”. Evolução em Dois Mundos, no
Capitulo Corpo Espiritual, pagina 25.
O pensamento é uma energia muito rarefeita, volátil é uma
das modalidades de manifestação do principio psíquico, entretanto o mesmo se
reveste de matéria em outra dimensão, e isto temos visto através de estudos
realizados por cientistas soviéticos, pois estes elaboraram um aparelho
sensível, o bastante para ser armado ou desarmado através da mente, e
alcançaram êxito nessa experiência, e isto corrobora que o pensamento se
manifesta envolto de partículas materiais, pois só a matéria oferece
resistência à matéria.
E para corroborar que é o corpo mental a fonte de que se
utiliza o espírito para apresentar-se tangível, tanto quanto e também, para
fazer tangíveis os mais variados objetos que nossa mente possa conceber, e não
apenas objetos constituídos de matéria inerte, mas de vidas embrionárias, entre
estas a planta, apresentamos André Luiz em seu livro “Obreiros Da Vida Eterna”,
No Capitulo: “O Sublime Visitante” pagina 38, não vou transcrevê-lo na integra,
pois é longo, e já o fiz em outros textos, e se tornaria redundante, mas
estarei apresentando um tópico desta revelação, em que os espíritos dão vida
momentânea a esse quadro da natureza.
Preparando-se para receber Asclépios, um espirito de uma
evolução que transcendia a dos espíritos ali presentes, inclusive o próprio
Cornélio, sob a direção deste, plasmariam um quadro da natureza, que apresentaria
uma árvore frondosa, um lago azul, um gramado, tanto quanto um horizonte de um
céu azul.
Cornélio se responsabilizou pela formação do tronco da
árvore, os chefes das missões entrelaçaram energias criadoras formando o lago
tranquilo, e os demais participantes, formaram as folhagens da árvore, e a
vegetação que contornava as aguas serenas, e também, as características do
trecho de firmamento que cobria a pintura mental.
Mas o mais maravilhoso desta revelação é quando Cornélio
pede a dois auxiliares, que conservassem as mãos unidas ao gabinete, e a tela
mental passou a ter uma vida momentânea.
“Cornélio sorriu, evidenciando grande satisfação, e
determinou que os dois auxiliares conservassem a destra unida ao gabinete.
Desde esse momento, como se uma operação magnética desconhecida fosse posta em
ação, nossa pintura coletiva começou a dar sinais de vitalidade temporária.
Algo de leve e imponderável, semelhante a caricioso sopro da Natureza, agitou
brandamente a árvore respeitável, balouçando-se os arbustos e a minúscula erva,
a se refletirem nas águas muito azuis, docemente encrespadas de instante a
instante...” “Livro Obreiros da Vida Eterna” pagina 41.
Verificamos nesta revelação de André Luiz algumas das
infinitas propriedades da mente, em que esses espíritos se utilizam do
psiquismo, plasmam a imagem, e oferecem à mesma uma vida temporária.
E lembramos que não se trata de um processo de
materialização, pois nosso amigo Cornélio procurando preparar os participantes
desta cena, lhes diz “projetemos nossas forças mentais” deixando claro que a
energia aplicada na projeção dessa tela é o Corpo Mental (psiquismo), é matéria
em outra dimensão conforme o explicita o Espirito da Verdade, e André Luiz o
corrobora nesta revelação como vimos. Então podemos afirmar, sem receio de nos
enganarmos, que o fenômeno apresentado pelos amigos espirituais sobre a direção
de Cornélio é de tangibilidade.
E quanto à vida momentânea que atribuíram à tela mental,
acreditamos que a hajam selecionado como nos informa Kardec, no Fluido Cósmico
Universal, pois o psiquismo que é inteligente insuflando vida aos infinitos
corpos que se manifestam no universo, é o corpo Espiritual de Deus, e está fora
de possibilidade de ser elaborado pela mente dos espíritos, não devemos nos
esquecer de que embora sendo deuses como nos informasse Jesus, nós só
co-criamos, pois a fonte absoluta da vida é Deus, e nós somos vidas manifestas
dessa Vida.
Conhece-te a ti mesmo, estas palavras são mais profundas do
que parecem à primeira vista, e com todo respeito pela anatomia, fisiologia,
psicanálise, psicologia, ou a psiquiatria, pois estas ciências tem nos
apresentado valores extraordinários no campo da saúde.
E nos tem iniciado mesmo no campo do conhecimento de quem
somos a anatomia nos apresenta os órgãos internos, definindo lhes as dimensões
e suas funções, a fisiologia nos esclarece quanto ao sistema nervoso e suas
ações em nosso organismo, tanto quanto nos esclarece sobre o sistema endócrino
e suas funções, e nos demostra varias outras manifestações fisiológicas que
acontecem em nosso corpo de matéria, em outras palavras, nos informa dos
princípios vitais que nossos órgãos desenvolvem.
A psicanálise, a psiquiatria, e a psicologia, têm se
demorado no estudo da psique, e nos tem apresentado recursos preciosos no
auxilio a mente humana, mas não conseguiram ainda penetrar os arcanos da
energética da mente, mantendo-se numa apreciação periférica, observando os
efeitos, sem mergulhar na causa que origina a manifestação do pensamento, a
proveniência do principio inteligente que se amplia ao infinito, ou ainda ao
problema da consciência do ser.
Descrendo da existência de uma Consciência Suprema,
imaginam que a mente humana seja a resultante das funções das células
neuronais, e acomodam a mente na crença de que essa psique inteligente e
racional, que provoca remorsos na consciência do individuo, que promove
satisfações ao “Ser” quando age com justeza para com a Lei Divina - que eles
fazem questão de ignorar - seja a consequência de uma casualidade.
Mas não devemos nos esquecer de que nossos amigos
cientistas estão caminhando ao encontro de si mesmos, alguns descrendo, outros
já se questionando, pois os conceitos filosóficos dessas ciências, não
respondem mais aos quesitos que a mente lhes apresenta, devido à maturação implacável
que o mecanismo do universo nos impõe, não podemos nos esquecer que um
cientista é antes de tudo, um médium do progresso.
Contudo não nos esqueçamos de que o Espiritismo está um
passo à frente da ciência, e tem nos apresentado fenômenos que mais tarde a
ciência corroborou, e no que respeita a ciência da psique, Kardec codificando o
Espiritismo, cooperou no advento dessas ciências, e não podemos nos esquecer de
que devemos a Jorge Andréa um estudo realizado sobre a energética da mente, com
metodologia cientifica, entretanto iluminada pela luz do Espiritismo, e como
informado neste tema que desenvolvo, Kardec nos apresenta revelações
maravilhosas, extrapoladas e corroboradas por André Luiz, sobre as origens do
“Ser”, que tem como fonte originária Deus.
Sola