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Parábola do Servo Fiel e Prudente e do Mau Servo (Mateus, 24:45-51 ; Lucas, 12:41-46)

Arnaldo Rocha


Que os vossos lombos
Para sobre os outros servos
Cingidos possam estar,
Ser o responsável e amigo,
E tenhais em vossas mãos
E que no tempo certo
Tochas para iluminar.
Lhes dê a ração de trigo?


Sede, pois, semelhantes
Feliz será esse servidor
Ao servidor  vigilante,
Se, quando o senhor chegar,
Que espera o seu senhor
Agindo dessa maneira,
Chegar a qualquer instante
Possa ele o encontrar.


E, quando o seu senhor
Em verdade vos digo
Das bodas tiver vindo
Que o senhor o chamará
E bater à porta da casa,
E a gestão dos seus bens
Ele rápido a vá abrindo.
A este servo confiará;


Bem-aventurados serão
Todavia, se esse servidor,
Os que o senhor achar
No seu íntimo pensar:
Aguardando e vigiando
“Com certeza o meu senhor
À hora de retornar.
Tardará em retornar”


Na verdade vos digo
E pegar os servos e as criadas,
Que ele a todos cingirá
Começando a lhes espancar,
E, com prazer, à mesa
Vindo a comer e beber muito,
Os fará, por fim, sentar.
Embriagando-se sem parar,


E, passando entre estes,
Decerto, esse senhor virá
O senhor, assim, agirá:
Sem dia e hora de chegar,
Com toda humildade
A este servo surpreenderá
Aos servos ele servirá.
E dos outros o irá separar.


Se, na segunda vigília
E o fará, enfim, partilhar
Ou na terceira, então
Do destino dos infiéis,
O senhor assim os achar,
Que não foram prudentes
Bem-aventurados serão.
Nem, tampouco, fiéis.


Mas, se um pai de família
Porque todo servidor
Souber que um ladrão virá
Que soube da vontade
E a que horas chegará,
Do seu amo e senhor
Sem dúvida, vigiará.
E não obrou de verdade,


E com toda certeza
Agindo com sinceridade,
Ele jamais irá deixar
Cumprindo o seu papel,
Que a sua residência
Levará muitos açoites
O ladrão possa roubar.
Por ter sido revel.


Vós outros, porém, senhores,
Ademais, aquele servidor
Apercebidos estai,
Que não soube da vontade
Que o Filho do Homem virá
Do seu amo e senhor
À hora em que não cuidais.
Sofrerá pela metade;


Disse-lhe, assim, Pedro:
Mesmo se houver feito
- Esta parábola, Senhor,
Coisas dignas de castigo,
Tu a propões somente a nós,
Levará menos açoites.
Ou todos têm esse penhor?
E finalizou o Mestre Amigo:


Respondeu-lhe, assim, Jesus:
- A quem muito foi dado,
- Quem julgais ser o servidor
Muito lhe será pedido, então,
Ecônomo, fiel e prudente,
E, ao que muito confiaram,
Estabelecido pelo senhor
Mais contas lhe tomarão.

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