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Bomba. “H” de Horror.


Luiz Carlos Formiga

Entre os homens da Terra existirá sempre a necessidade de destruição?
 (...) o horror à destruição cresce com o desenvolvimento intelectual e moral. 
(O Livro dos Espíritos. Questão 733.)

Estou triste, quase depressivo. Tenho visão míope da guerra, principalmente da nuclear.
1º de Janeiro foi o dia da Confraternização Universal, pela Organização das Nações Unidas. Com ele surge a expectativa de uma nova fase, trazendo boas mudanças.
O pacifismo é um convite irresistível, mas se Gandhi estivesse diante de um poder totalitarista, de um Stalin, seria apenas um cadáver de um mártir. (1)
Enquanto alguns se mobilizam pela paz outros constroem armas. A Coréia do Norte, considerada por muitos como uma “ditadura totalitarista stalinista”, diz ter feito um bem sucedido teste com bomba de hidrogênio (2).
Oliver no artigo “Cada macaco pesado em seu galho gordo” recorda cenas de guerra em filmes épicos e se pergunta o que devem sentir, psicologicamente, os caras do exército que levam o bumbo e a corneta, pois defender-se com tambores não parece ser a coisa mais sensata do mundo.
O jornalista discorda dos que dizem que discussões e defesas de pontos de vista são perda de tempo. Diz que “alguém precisa levar o bumbo e a corneta numa guerra, lembrando que também são heróis, pois não estão a salvo dos tiros do canhão dos inimigos”.
Oliver acredita que não adianta partir para o confronto físico e que devemos participar do longo processo de conscientização e do despertar da percepção do que são e o que fazem com os pobres cofres públicos (3).
O Brasil corre riscos de ditadura, totalitarismo? O que mentes perigosas são capazes de fazer para se perpetuarem no poder? Essas mentes atacam como a formiga cortadeira.
Admiro Gandhi, mas não basta dar carinho aos possíveis psicopatas de colarinho branco para que se transformem, da noite para o dia, em bons irmãos samaritanos.
Dando uma ideia resumida de dolo, daquilo que se pode fazer com os cofres públicos, encontramos o artigo Sinistro Currículo, de autoria de Ives Gandra, jurista e professor (4).
No Observatório da Imprensa (5) encontramos:
“No caso da formiga cortadeira, que ameaçava acabar com o Brasil, deu-se um jeito com a aplicação do formicida da marca Tatu. Verminoses, paludismo, chagas e outras infecções dos trópicos subdesenvolvidos podem ter retardado nosso progresso, mas nem de longe podem se comparar em malignidade aos nossos cupins seculares, responsáveis, desde sempre, pela dilaceração contínua dos cofres públicos. No dizer do saudoso Ulysses Guimarães, a corrupção é o cupim da República, consumindo não só a própria democracia, mas, sobretudo, o futuro da nação, negando-lhe o acesso aos mais elementares direitos humanos”.
Em alguns casos, não apenas como o da Coréia do Norte, ficamos em dúvida se estamos diante de uma máscara de sanidade, um transtorno da personalidade antissocial, dificilmente curável, onde as perspectivas de tratamento são sombrias. Estes indivíduos podem ser reclusos, mas as tentativas de reintegração social são nulas. O portador dessa disfunção não deixa a penitenciária em melhores condições (6).
Certas personalidades, eleitas pelo voto direto, nos fazem recordar Paulo, aos Filipenses, 3:2. “Guardai-vos dos cães.”
Emmanuel diz que somos caravana assediada pelos cães da ignorância, da perversidade e da má-fé. Paulo de Tarso não mentalizava o animal amigo após a domesticação, mas os cães selvagens, impulsivos e ferozes, personificados no rebanho humano como adversários sistemáticos do bem. Estimam a maledicência, excitam a crueldade, sentem prazer com a imposição tirânica, vomitam impropérios e calúnias.
Em Fonte Viva, lição 145, Emmanuel adverte: quando o micróbio do ódio ou da cólera lhes excita a desesperação, ai daqueles que se aproximam, generosos e confiantes!
Aproximar-se de Hitler, ou dos que o admiram como alguns políticos no Brasil, é o caminho certo para a destruição. “Guardai-vos dos cães”.
Emmanuel diz que eles “desfazem a conceituação elevada e santificante da vida; desarticulam o serviço dos corações bem-intencionados; atiram-se, desvairadamente, à substância das obras construtivas, procurando consumi-las ou pervertê-las.”
O que fazer então?
Lembrar o voto consciente e, no bom combate, divulgar os “bumbos e cornetas” encontradas nos links abaixo de 1 a 7. Não esquecer que é para esse gênero de irmãos que Paulo nos pede conjugar o verbo “guardar”.
Para essa classe de espíritos “resta somente o processo educativo, no qual podemos cooperar com amor, competindo-nos reconhecer, contudo, que esse recurso de domesticação procede originariamente de Deus.”
Com amor poderemos usar “bumbo e corneta” na socialização de 10 urgentes medidas contra a corrupção, apoiando propostas legislativas para aprimorar a prevenção e o combate à sua impunidade.
Nesses dias, podemos sentir tristeza, quase depressão, mas não devemos perder a esperança de limpar a lama, ajudando a empurrar o carro da República até um “Lava-Jato” (7).


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