![]() |
Arnaldo Rocha |
Nesta parábola magistral
|
E, por esse resultado,
|
|
Que agora vamos contar,
|
Confiar-te-ei muito mais,
|
|
O Senhor age como um homem
|
Porque me provastes
|
|
Que precisava viajar.
|
Do tanto que és capaz.
|
|
Os seus servidores chamou
|
E rematou o senhor
|
|
Para seus bens lhes entregar,
|
Falando com sabedoria:
|
|
Distribuindo seus talentos,
|
− Compartilha neste instante
|
|
Dos quais pudessem cuidar.
|
Da minha enorme alegria.
|
|
Ao primeiro, ele deu cinco;
|
E por último veio aquele
|
|
Ao segundo, ele deu dois;
|
Que um talento recebeu;
|
|
Ao terceiro, ele deu um
|
Dirigindo-se ao senhor,
|
|
E partiu logo depois.
|
Contou o que sucedeu:
|
|
O que recebeu cinco,
|
− Sei que és severo
|
|
Então, foi-se e negociou,
|
E acabas ceifando
|
|
E com aquele dinheiro
|
Onde nada semeaste...
|
|
Outros cinco ele ganhou.
|
E continuou falando:
|
|
Aquele que recebeu dois
|
− E que do mesmo jeito
|
|
Da mesma forma agiu
|
Terminas colhendo
|
|
E, fazendo bons negócios,
|
De onde nada puseste...
|
|
Outros dois ele conseguiu
|
E completou dizendo:
|
|
Mas o que recebeu um
|
− Contudo, como te temia,
|
|
De outra forma procedeu,
|
Escondi o teu talento
|
|
Cavou um buraco na terra
|
Embaixo da terra,
|
|
E o dinheiro escondeu.
|
Que restituo neste momento.
|
|
Muito tempo depois,
|
E respondeu o senhor:
|
|
O senhor, tendo retornado,
|
− Se sabias que ceifei,
|
|
Chamou aqueles servidores
|
Servidor mau e preguiçoso,
|
|
Pedindo-lhes contas do emprestado.
|
Onde nada semeei,
|
|
Veio o que recebera cinco
|
E que também colhi
|
|
E outros cinco lhe apresentou
|
Onde nada empreguei,
|
|
Dizendo, satisfeito, ao seu amo
|
Devias ter posto o dinheiro
|
|
Como foi que ele os arrecadou.
|
Que eu te entreguei
|
|
O senhor, reconhecido,
|
Nas mãos de banqueiros,
|
|
Assim lhe respondeu:
|
E, quando regressasse,
|
|
− Bom e leal servidor,
|
Com juros eu retiraria
|
|
Cuidaste do que é meu,
|
O que me tocasse.
|
|
Foste fiel em poucas coisas;
|
Tirem-lhe, pois, o dinheiro,
|
|
Confiar-te-ei outras mais,
|
E que ele fique sem,
|
|
E agora compartilha da alegria
|
E dêem-no àquele
|
|
Do teu senhor, meu rapaz.
|
Que dez talentos tem.
|
|
Aquele que recebera dois
|
Porquanto, para aqueles
|
|
Veio logo se apresentar;
|
Que tem bens conquistados
|
|
Dirigindo-se ao senhor,
|
Dar-se-á, enfim, muito mais,
|
|
Ele começou a falar:
|
E ficarão mais abastados.
|
|
− Entregaste-me dois talentos,
|
Enquanto desse outro,
|
|
E com eles trabalhei,
|
Que nada conseguiu obter,
|
|
E aqui estão, além destes,
|
Tirar-se-á até mesmo
|
|
Outros dois que eu ganhei.
|
O que ele pareça ter;
|
|
O senhor lhe respondeu:
|
Que nas trevas exteriores
|
|
− Servidor bom e fiel,
|
Possa, por fim, ser lançado
|
|
Foste leal no pouco,
|
Este servidor inútil,
|
|
Cumpriste o teu papel;
|
Que está aqui a meu lado,
|
|
Onde haverá muito
pranto
|
||
E também ranger de
dentes
|
||
− Foi o que disse o
senhor
|
||
Para todos os
presentes.
|