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Parábola da Figueira que Secou (Marcos, 11:12-14;20-26)



Arnaldo Rocha

Quando saíam de Betânia,
Teve fome o Mestre Amigo
E, vendo ao longe uma figueira,
Foi lá ver se havia figo.


Tendo, porém, se aproximado,
O que viu O decepcionou;
Em vez de frutos maduros
Somente folhas Ele achou.


Visto não ser tempo de figos,
Assim disse Jesus à figueira:
- Que ninguém coma de ti
Fruto algum à vida inteira.


O Mestre falou de uma forma
Que os apóstolos O ouvissem,
E disso tirassem ensinamentos
Que no futuro lhes servissem.


No dia seguinte, retornaram
E viram que a figueira secara;
Pedro, então, lembrou a Jesus
Que Ele mesmo a amaldiçoara.


Jesus, tomando a palavra,
Disse: - Tende fé em Deus!
E continuou pregando
Para os apóstolos seus:


- Digo-vos, em verdade, que
Quem a esta montanha falar:
“Tira-te daí e lança-te ao mar”,
Sem no seu coração hesitar,


E acreditando, firmemente,
De que tudo o que houver dito
Acontecerá cedo ou tarde,
A sua fé terá dado o veredicto.


Por isso vos digo, agora:
Quando vos puserdes a orar,
Crede que o que pedis obtereis,
E assim sucederá.


Portanto, quando orardes,
Se algo tiverdes contra alguém,
Perdoai-lhe, e vosso Pai Celestial
Perdoará vossos pecados, também.


Porque, se não perdoardes,
Também vosso Pai Celestial
Não perdoará os vossos pecados 
Arrematou Jesus, afinal



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