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Arnaldo Rocha |
Então, um homem lhe disse
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- Como é que eu farei,
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Do meio da multidão
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Pois que não tenho lugar
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Para que todos ouvissem:
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Para colocar o que colhi
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- Mestre, dizei a meu irmão
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E os meus bens preservar?
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Para que dívida comigo
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- Eis - disse ele, afinal:
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A herança que nos ficou...
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- O que agora farei:
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Mas Jesus lhe disse,
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Derrubarei os meus celeiros
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E ele, atento, escutou:
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E maiores os construirei,
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- Quem me estabeleceu,
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E neles eu colocarei
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Ó homem!, para vos julgar;
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Toda minha colheita
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Ou para que esses bens
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E todos os meus bens
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Eu vos possa partilhar?
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De uma só feita,
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Depois, afinal, lhe disse,
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E à minha alma direi:
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Expressando a Sua madureza:
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Minha alma, tu tens,
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-Tende cuidado em vos guardar
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Para vários anos,
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De toda essa avareza,
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Reservados muitos bens;
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Porque em qualquer abundância
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Repousa, come, bebe
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Que o homem esteja, agora,
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E te regala, somente.
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Sua vida independe dos bens
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Mas Deus a esse homem
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Que ele possua na hora...
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Disse, prontamente:
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E lhe contou em seguida
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- És um grande insensato;
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A parábola do avarento
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Tua alma vai retornar
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Para que pudesse entender
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Exatamente nesta noite...
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O alcance do Seu pensamento:
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E continuou a falar:
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- Havia um homem rico
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- E para quem será
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Cujas terras haviam produzido
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O que amontoastes?...
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Muito, extraordinariamente,
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É como se Ele dissesse:
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E ele pensava absorvido:
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“Nisso, não pensastes!”
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- É isso o que acontece
Àquele que tesouros seus
Amontoa para si mesmo
E não é rico perante Deus.
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